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INJUSTIÇA SOCIAL E DESORGANIZAÇÃO

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Ontem, quinta-feira, assisti ao programa «Na Lente», da TPA e fiquei muito sensibilizado com as condições salariais dos coveiros e seguranças dos cemitérios. Com efeito, Kz 21.000 (vinte e um mil Kwanzas), menos de $ 100.00 (cem dólares), é um ordenado de miséria. Por pouco lacrimejava. Durante muito tempo, fiquei a reflectir (continuou a fazê-lo) sobre as condições sociais desses profissionais, que auferem ordenados míseros.

Um salário de Kz. 21.000, que, muitas vezes, é concedido com meses e meses de atraso não permite que um indivíduo tenha uma vida digna. Que vida de cão!

Peço à Inspecção Geral do Trabalho para que investigue as razões porque os coveiros e os seguranças dos cemitérios ganham tão pouco e porque motivos os seus ordenados são pagos com muitos meses de atraso.

Se eu fosse o Governador Provincial de Luanda, mandaria instaurar um inquérito sobre as condições salariais dos profissionais referenciados e melhoraria os seus ordenados. Seja como for, eles têm direito subsídio de risco, que permitiram aumentar os seus ordenados.

É incrível que o valor de uma muita por mau estacionamento de uma viatura ser superior ao ordenado de um coveiro ou de um segurança de um cemitério. Sinceramente!… Que injustiça social! Que falta de sensibilidade! O amor ao próximo é sempre importante!

Não consigo compreender o facto de os coveiros trabalharem há mais de cinco anos e não serem trabalhadores efectivos do Governo Provincial de Luanda? Por causa dos vários salários de miséria e por outras razões, gostava de saber do custo da viagem do Presidente da república a Portugal, de modo a reflectirmos sobre as condições económicas do País.

À parte das questões sociais mencionadas, as imagens apresentadas pelo nosso canal público de televisão deram-me a ideia de que os cemitérios estão desorganizados.

Já visitei alguns cemitério!, em alguns países. Será que podemos ter cemitérios mais bem organizados, como podem ver nas fotos que apresento, em anexo?

Pela justiça social e em nome do amor ao próximo,

José Carlos de Almeida (Joseca Makiesse)
e-mail: jca@yahoo.com

Trabalhadores da MSC-Angola denunciam intimidação

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A direcção da Agência de Navegação Marítima MSC-Angola, cujos trabalhadores observam uma paralisação há três dias, é acusada pelo Sindicato dos Trabalhadores Marítimos, Portuários, Ferroviários e Afins de Luanda de violação à Lei da Greve, por subcontratar outra empresa para agenciar navios, no Porto de Luanda, e intimidar os grevistas.

Além de ter supostamente violado a Lei da Greve, o sindicato acusa o director-geral da empresa de estar a intimidar os trabalhadores em greve, colocados no Porto do Namibe, obrigando-os a autorizarem a saída do navio com a identificação MSC-Adele, que se encontra ancorado no porto.

Os grevistas exigem da entidade empregadora a revisão do qualificador ocupacional, o manual de reconversão de carreiras profissionais para trabalhadores nacionais e expatriados e a actualização dos subsídios de alimentação, transporte e da apólice do seguro de saúde.

Em declarações ao Jornal de Angola, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores Marítimos, Portuários, Ferroviários e Afins de Luanda, Bernardo Miranda, lamentou que a direcção da Agência de Navegação Marítima MSC-Angola viole a Lei da Greve e garante que os trabalhadores, colocados nos portos de Luanda, Namibe e Benguela, vão continuar de “braços cruzados” até ao dia 17 de Dezembro.

Entre os pontos mais polémicos do caderno reivindicativo, remetido no dia 1 de Outubro de 2018 à direcção da empresa, Bernardo Miranda apontou a falta de uniformização na atribuição dos salários em categorias iguais e com a mesma carga horária de trabalho.

Bernardo Miranda disse que o principal foco da greve é a “discriminação salarial” que a direcção da empresa pratica. Por exemplo, disse Bernardo Miranda, na categoria de Assistente de Logística existem sete salários diferentes, na de Assistente Comercial três, de Controlo dois e de Finanças três.

Contactado pelo Jornal de Angola nas suas instalações, o director-geral da Agência de Navegação Marítima MSC-Angola, António Dias, disse que só fala à comunicação social com prévia autorização do principal accionista da empresa.

Apple poderá deixar de produzir na China

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A Apple pode vir a ser obrigada a transferir a produção de produtos – como os iPhones – da China para outro país. Isto se a ‘guerra comercial’ entre os Estados Unidos e a China resultar em taxas aplicadas a smartphones.

A decisão, diz a Bloomberg, recai no Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e na sua Ad-ministração, que podem decidir aplicar taxas a smartphones importados a partir da China. Como a Apple produz a maioria dos seus iPhones na China através da rede Foxconn, fica claro que a tecnológica de Cupertino pode ser uma das maiores em-presas norte-americanas afectadas.
Se os Estados Unidos decidirem aplicar uma ta-xa de 25 por cento, a Apple olhará para outros países como alternativas.

Criança de 4 anos morre com uma chapada do pai

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A tragédia aconteceu no Calemba 2, distrito da cidade Universitária, em Talatona, no passado Sábado. Esposa e vizinhos dizem tratar-se de um acto involuntário e atribuem o sucedido a um suposto “azar do autor do crime”.

Na manhã de Sábado, 8, o pequeno Anacleto, de 4 anos, levantou-se da cama e, posto no quintal, pediu o mata-bicho à mãe, Janeth David, mas o pai, Alberto Beia, pediu nessa altura ao filho que fosse antes lavar os dentes. Minutos depois, Alberto notou que o filho brincava no quintal e não tinha lavado os dentes, tendo- o questionado por que razão desobedeceu à sua orientação, mas o pequeno remeteu-se ao silêncio, o que terá desagradado ao seu progenitor.

“Ele mandou a nossa filha de 2 anos dar uma chapada ao Anacleto e depois os dois começaram a lutar. Quando foi separá- los deu uma chapadinha ao mais velho, mas sem muita força, e o miúdo caiu e começou a convulsionar”, explicou Janeth David. Levaram-no ao centro de saúde mais próximo, mas a equipa médica orientou que fosse transferido para o Hospital Geral de Luanda (HGL). Contudo, faleceu pelo caminho. Janeth David, de 20 anos, “jura de pés juntos” que o seu esposo não repreendeu o filho com violência, realçando que sempre foi atencioso com os seus filhos.

“O que mais dói é que o filho alheio (o seu esposo) não bateu. Era o filho com o qual ia sempre à igreja e agora acontece esta tragédia”, lamenta a esposa. Os vizinhos, que dizem terem presenciado o acontecimento, deram o mesmo testemunho, alegando que tratou-se apenas de uma chapada correcional. Eles mostram-se descrentes ante o sucedido e atribuem a morte do pequeno Anacleto ao “azar do seu pai. Isso só pode ser mesmo azar da pessoa”, lamentam. Questionados se a criança padecia de alguma enfermidade, responderam negativamente e acrescentaram que a criança sempre se apresentou saudável. Entretanto, não chegaram a fazer qualquer exame laboratorial para confirmar se o garoto tinha ou não uma doença.

No kilamba, também tem se verificado alguns casos de violência doméstica e infantil, que muitas vezes não chega as autoridades, apelamos a sociedade e as pessoas que sofrem directamente este problema, que denunciem.

Bruna Sousa detida por condução sob efeito de álcool e desacato as autoridades

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A ex apresentadora de Tv Bruna Sousa, foi detida no passado sábado, na ilha de Luanda por conduzir sob efeito de álcool.

Bruno Sousa foi autuada na ilha de Luanda quando saia de um evento, a Policia deteve a apresentadora, também por desacato, após lhe ser pedida para soprar o bafómetro que deu positivo com o nível de 1,7 grau de alcoolemia, no momento bruna proferiu várias negativas palavras ao agente, que foram consideradas como injúria e desacato as autoridades.

Por estas circunstâncias, Bruna Sousa foi encaminha a cela, e o processo encaminhado ao ministério público, que teve o julgamento sumário na passada terça-feira, a também actriz, foi condenada a 4 meses de prisão, pena esta, que foi suspensa mediante uma multa, no julgamento bruna disse não lembrar-se de algumas coisas, entretanto pediu desculpas, ainda assim o tribunal decidiu que além da multa, bruna, teve que pagar uma indemnização ao polícia que deteve-a, só assim é que a apresentadora e actriz  foi posta em liberdade esta terça-feira.

 

Fonte: Rádio Luanda

Macron diz ter aprendido a lição dos protestos mas garante não tolerar a violência

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Presidente francês anuncia redução de impostos e aumento de salários

O Presidente francês anunciou nesta segunda-feira, 10, um aumento de 100 euros no salário mínimo, que actualmente é de 1.200 euros, na primeira mensagem à nação desde o início dos protestos ‘coletes amarelos’ há quatro semanas.

Emmanuel Macron acrescentou que os aposentados que recebem menos de dois mil euros por mês não precisarão pagar uma contribuição social generalizada em 2019 e informou a isenção de impostos e taxas às empresas sobre as horas extras pagas a seus funcionários até 2019.

Bónus sem impostos

Ele pediu aos empregadores que possam para pagar um bónus de fim de ano aos funcionários, que serão isentos de impostos”.

“Um debate sem precedentes acontecerá em nível nacional em nossas instituições, cada uma terá seu papel: governo, Assembleia Nacional, parceiros sociais e associações, vocês terão seu papel”, garantiu Macron, que, no entanto, recusou-se a retroceder na questão do Imposto sobre a Fortuna, o ISF, uma das reivindicações do movimento dos “coletes amarelos”.

“Retroceder nos enfraqueceria”, justificou, reiterando o seu desejo de combater a evasão fiscal e controlar melhor os gastos públicos.

Marcon reconheceu que “os acontecimentos das últimas semanas na França e no exterior têm perturbado profundamente a nação e misturaram reivindicações legítimas e uma sequência inaceitável de violência”.

Violência não será tolerada

“Quero dizer-vos a vocês que essa violência não será tolerada”, disse, no início do discurso, no qual assumiu, porém, que há “raiva” no país e admitiu que tem uma parcela de culpa, pedindo desculpas por alguns comentários.

Essa raiva é “daquela da mãe solteira ou divorciada que não consegue mais viver, que não tem condições de cuidar dos filhos e de melhorar sua renda mensal, e não tem esperança”, disse, citando outros grupos sociais que enfrentam dificuldades.

“Não retomaremos o curso de nossas vidas sem que nada tenha mudado. Estamos um momento histórico para o nosso país”, conclui Emmanuel Macron, garantindo que “a nossa batalha é pela França”.

Kero proporciona alegria a várias crianças com natal solidário

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No âmbito do seu projecto de responsabilidade social a Zahara Comércio – grupo detentor das marcas Kero e Xyami Shopping, organizou na manhã de hoje (11 de dezembro), nas instalações do Xyami Shopping Kilamba uma mega festa de natal que contou com a presença de novecentas crianças vindas de sete centros de acolhimento entre eles, o Lar Kuzola, Lar Nazaré e Mamã Muxima.

Valódia Bernardo, representante do grupo Zahara, em declarações ao KilambaNews, revelou que só neste ano, o projecto doou cerca de 200 milhões de kwanzas em bens alimentares e não alimentares para 11 centros de acolhimentos no país.

“O projecto Kero Kandengue” disponibilizou este ano cerca de 200 milhões em bens alimentares e não alimentares e estamos a fazer tudo para aumentar o nosso apoio.

O mais importante não são os números mas é a qualidade, porque é isso que elas [crianças] precisam”. Disse.

“O projecto Kero Kandengue” envolve cerca de 1400 crianças de 11 centros de acolhimento infantil. É actualmente um dos mais activos projectos de responsabilidade social do país virada para crianças.

Falta de saneamento básico continua a ser preocupação

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Os documentos existentes sobre o saneamento básico, macrodrenagem das águas pluviais e residuais constituem a base da actuação da nova direcção da Unidade Técnica de Gestão do Saneamento de Luanda (UTGSL), com vista a melhorar o meio.

A garantia foi dada pelo actual director da UTGSL, Afonso Antas Miguel, durante o acto de tomada de posse. O responsável reconhece à Angop que os problemas de saneamento básico são de uma dimensão extraordinária para a cidade de Luanda, pela forma como cresceu, desprovida de infra-estruturas, representando, assim, um grande desafio para a sua actividade.

Mas, apesar de tudo, disse sentir-se tranquilo por existirem documentos orientadores sobre a política de desenvolvimento do saneamento. A intenção é tornar Luanda numa cidade com todas as infra-estruturas próprias do meio urbano.

“O abastecimento de água, o sistema de drenagem das águas pluvial e residual e a gestão de resíduos, são os primeiros passos que qualquer meio urbano tem que dar para que sobreviva como meio urbano”, explicou.

Afonso Antas Miguel manifestou o desejo de encontrar soluções que reflictam o contexto, o perfil socioeconómico dos utentes e a necessidade de cada um participar e comparticipar financeiramente nos encargos do lixo.

O director dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Baptista Adão Correia, informou que uma das suas prioridade recai para a prova de vida dos ex-militares para se reajustar o cadastramento.

Mais de quatrocentas crianças vivem nas ruas de Luanda

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Quatrocentos e 65 crianças, dos 10 aos 25 anos de idade, vivem em várias artérias da cidade capital, de acordo com uma pesquisa apresentada hoje, sexta-feira, em Luanda.

A pesquisa foi realizada de Março a Junho do corrente ano pela organização “Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento” (VIS), no âmbito do seu projecto “Vamos juntos”.

Teve como grupo alvo meninos e meninas a viverem na rua e foram efectuadas visitas regulares no período das 18 horas até as 22horas, em 20 paradas da cidade de Luanda, com destaque para os arredores do 1º de Maio, Aeroporto, Golfe II, Baía de Luanda e Vila de Cacuaco.

O estudo aponta a Vila de Cacuaco como a localidade com maior concentração de crianças e casais adolescentes na rua, onde foram cadastrados 104 crianças e jovens, 31 por cento meninas.

Como principais causas da problemática destacam-se a violência doméstica, a vulnerabilidade social, a pobreza e a desestruturação de muitas famílias, sendo que 30 por cento das crianças tem entre 10 aos 14 anos de idade, 33 por cento 15 aos 17 e, 28 dos 18 aos 25 anos.

A faixa etária dos 14 aos 17 anos, sem distinção de sexo, é a que se apresenta com maior número na rua, principalmente pela complexidade da vulnerabilidade deste grupo alvo, a falta de um sistema de acolhimento, para além das dificuldades comuns.

A pesquisa teve como maior ênfase o sexo feminino e realça que as meninas se diferenciam dos rapazes pelas actividades desenvolvidas e a mobilidade, porquanto as mesmas são a que com maior frequência voltam para casa, mantêm ligação com a família, e outros agregados mais próximos e depois de algum tempo voltam para a rua.

O documento sublinha que as meninas preferem instalar-se em moradias ou espaços fechados e protegidos, como casa abandonada ou um quintal cercado, desde que ofereça maior segurança de forma a evitar exposição a rua, assim como fugir da violência e das recolhas da polícia, bem como integram-se nos grupos masculinos sob protecção de um homem que acaba sendo namorado.

Acrescenta que na ausência de um namorado protector, as mulheres procuram ficar em grupo do mesmo sexo ou famílias que também vivem na rua.

As crianças que vivem na rua, sobretudo as meninas, encontram-se em constante movimento, instabilidade e incertezas pela segurança física, economia (possibilidade de encontrar trabalho ou fugir do foco onde acumulam dívidas) e a dinâmica de amizade ou conflito do grupo (relações afectivas).

O informe apresentado frisa que quase todas as crianças entrevistadas na rua experimentaram pelo menos um tipo de droga e que as intervenções de primeiro socorro (feridas) são as mais frequentes e visíveis, seguidas de diversas outras doenças, como infecções da pele e nos órgãos genitais, paludismo e tuberculose, bem como casos de gravidez precoce e VIH e sífilis.

De acordo com a responsável da educação e formação do VIS, Ilenia Guasti, em declarações à Angop, a margem da apresentação da pesquisa, na maioria dos casos as adolescentes que engravidam-se precocemente não fazem consultas pré-natal, outras dizem abortar sobre orientação do companheiro ou pelo facto de o pai da criança não querer assumir a paternidade.

Co-financiado pela União Europeia, o estudo contou com a colaboração dos Salesianos de Dom Bosco, da Samusocial Internacional e do Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA) e visou apresentar um quadro mais completo e realista da situação actual dos meninos que vivem na rua, mapear, a nível nacional, as instituições de acolhimento que já trabalham com menores de rua, bem como promover a formação de estratégias e políticas de intervenção realista e adequadas à protecção de crianças mais frágeis e em situação de risco.

“A pesquisa foi realizada na cidade de Luanda, mas prevê-se realizar a recolha de dados em outras províncias para entender como é o fenômeno no país”, frisou.

Segundo disse, dados adquiridos em instituições que trabalham com o fenômeno indicam que as províncias de Huambo e do Benguela são as que apresentam igualmente crianças a viverem na rua, sendo que nas restantes localidades é uma questão de vulnerabilidade social, onde crianças vão pedir estímulos acompanhados pelos pais e depois voltam para casa.