Macanga aponta causas do fracasso africano

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A falta de concentração das cinco selecções africanas contribuiu para que fossem afastadas prematuramente na fase inicial do Campeonato do Mundo de futebol, terminado este domingo com a consagração da França (vitória sobre a Croácia por 4-2).

A constatação é do antigo capitão da selecção nacional “Palancas Negras” André Macanga, em declarações à Angop, em Luanda, a propósito do desempenho no evento de Marrocos, Egipto, Senegal, Tunísia e Nigéria.

O actual técnico do Recreativo do Libolo, 7º colocado do Girabola2018 com 26 pontos, justificou seu raciocínio com o notório défice de atenção dos atletas permitindo-se sofrer golos nos minutos iniciais ou na recta final das partidas.

“Os africanos permitiam que o opositor jogasse, perdiam lances oportunos e optavam, sem sucesso, por resolver o jogo nos últimos instantes”, frisou o técnico que se estreou como seleccionador nacional adjunto dos Palancas Negras em 2014.

André Macanga referiu-se, também, sobre à falta de objectividade, atraso na recuperação da bola, fraco poder de remate e deficiente marcação em situação de bolas paradas, afirmando ser, assim, impossível ganhar-se jogos em alta competição.

Disse ter havido igualmente falta de sorte nalguns momentos de exibições das equipas africanas, citando como exemplo o jogo entre a Nigéria e Argentina em que os nigerianos beneficiaram de grandes oportunidades de golos, mas que misteriosamente as bolas não acertavam com a baliza.

Sobre Senegal, disse que havia forte possibilidade de apurar-se para os oitavos-de-final e salvar a honra continental, mas deixou-se derrotar pelo Japão (1-2) quando tinha tudo para vencer. Com iguais 4 pontos, os senegaleses foram preteridos pelo novo critério de desempate, o menor número de cartões amarelos.

O antigo médio defensivo, que ao longo da carreira representou, entre outros, o Villanovense FC, Boavista, Vitória de Guimarães, Académica de Coimbra (Portugal) e Gaziantepsport (Turquia), acha que particularmente o Egipto e a Tunísia não corresponderam com as expectativas, além de terem sido muito individualistas.

No histórico, o Senegal foi o primeiro país africano a apurar-se aos quartos-de-final de um Campeonato do Mundo, com vitória sobre a França (1-0), na edição disputada na Coreia do Sul e Japão em 2002. Seguiu-se o Ghana em 2010, na África do Sul.

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