Macron diz ter aprendido a lição dos protestos mas garante não tolerar a violência

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Presidente francês anuncia redução de impostos e aumento de salários

O Presidente francês anunciou nesta segunda-feira, 10, um aumento de 100 euros no salário mínimo, que actualmente é de 1.200 euros, na primeira mensagem à nação desde o início dos protestos ‘coletes amarelos’ há quatro semanas.

Emmanuel Macron acrescentou que os aposentados que recebem menos de dois mil euros por mês não precisarão pagar uma contribuição social generalizada em 2019 e informou a isenção de impostos e taxas às empresas sobre as horas extras pagas a seus funcionários até 2019.

Bónus sem impostos

Ele pediu aos empregadores que possam para pagar um bónus de fim de ano aos funcionários, que serão isentos de impostos”.

“Um debate sem precedentes acontecerá em nível nacional em nossas instituições, cada uma terá seu papel: governo, Assembleia Nacional, parceiros sociais e associações, vocês terão seu papel”, garantiu Macron, que, no entanto, recusou-se a retroceder na questão do Imposto sobre a Fortuna, o ISF, uma das reivindicações do movimento dos “coletes amarelos”.

“Retroceder nos enfraqueceria”, justificou, reiterando o seu desejo de combater a evasão fiscal e controlar melhor os gastos públicos.

Marcon reconheceu que “os acontecimentos das últimas semanas na França e no exterior têm perturbado profundamente a nação e misturaram reivindicações legítimas e uma sequência inaceitável de violência”.

Violência não será tolerada

“Quero dizer-vos a vocês que essa violência não será tolerada”, disse, no início do discurso, no qual assumiu, porém, que há “raiva” no país e admitiu que tem uma parcela de culpa, pedindo desculpas por alguns comentários.

Essa raiva é “daquela da mãe solteira ou divorciada que não consegue mais viver, que não tem condições de cuidar dos filhos e de melhorar sua renda mensal, e não tem esperança”, disse, citando outros grupos sociais que enfrentam dificuldades.

“Não retomaremos o curso de nossas vidas sem que nada tenha mudado. Estamos um momento histórico para o nosso país”, conclui Emmanuel Macron, garantindo que “a nossa batalha é pela França”.

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