Palancas bloqueados no aeroporto de Nouakchott

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A Selecção Nacional de honras já respira o clima quente e ofegante de Nauakchott, capital da Mauritânia, palco do jogo da próxima terça-feira, frente à selecção caseira, referente à quarta jornada do Grupo I da campanha de apuramento para a fase final da 32ª edição da Taça de África das Nações (CAN de 2019), a ser disputado de 15 de Junho a 13 de Julho, nos Camarões.

O combinado nacional chegou à Mauritânia nas primeiras horas da manhã de ontem, após cinco horas e meia de viagem, tendo desembarcado no Aeroporto Internacional de Nouakchott por volta das seis horas. Como se não bastasse as quase meia dúzia de horas de cansaço da viagem, a delegação angolana, chefiada pelo vice-presidente Adão Costa, teve ainda de aturar mais sete horas de espera pelo visto de entrada no país.

A suposta “tortura psicológica” prendeu-se com alegados problemas com a rede electrónica do sistema de concessão de vistos. O processo revelou-se demasiado lento e fastidioso, tendo obrigado a que jogadores e alguns elementos da caravana decidissem tirar algumas horas de sono no chão do aeroporto, num claro sinal de autêntico cansaço.

A situação chegou a provocar contornos preocupantes, tendo responsáveis da Embaixada angolana na Mauritânia efectuado ligações para Luanda, no sentido de procurar soluções imediatas para ultrapassar a situação, facto que veio a acontecer várias horas depois, com diálogos exaltados e nervos à flor da pele.
O longo período que a Selecção Nacional esteve retida no aeroporto obrigou que o seleccionador Srdjan Vasiljevic cancelasse a sessão de treinos de regeneração física e gestão de esforço, que tinha agendada para a tarde de ontem, no sentido de desentorpecer os músculos dos jogadores e atenuar o cansaço.

Deste modo, a Selecção Nacional treina pela primeira vez no ambiente de intenso calor que se faz sentir na cidade de Nouakchott, apenas na tarde de hoje. A preparação está prevista para as 18 horas de Angola, menos uma local, devendo o técnico Srdjan Vasiljevic submeter o grupo a exercícios de recuperação física com bola. Schow e Wilson, ambos por problemas físicos, são as duas grandes ausências na Selecção Nacional que viajou de Luanda à Mauritânia, em voo fretado da Sonair. Integram a delegação angolana 38 elementos, entre os quais 25 jogadores, nomeadamente Ndulu, Herenilson, Vá, Mira, Tó Carneiro, Tony Cabaça, Dany Massunguna, Paizo, Mário, Mingo Bille, Guelor, Geraldo, Macaia e Mabululu, Landu, Paty, Gelson Dala, Buatu, Mateus Galiano, Freddy, Djalma Campos, Bastos Quissanga e Stélvio Cruz.
Amanhã, às 18h00 de Angola, a Selecção Nacional efectua o tradicional treino de reconhecimento e adaptação ao relvado do palco do jogo desta terça-feira.

Humildade e respeito

O seleccionador nacional, Srdjan Vasiljevic, afirmou sexta-feira, em Luanda, que a humildade e o respeito devem ser levados em consideração na casa da Mauritânia esta terça-feira.

O facto ocorrido ontem na chegada da equipa nacional ao país do adversário, diminuiu ainda mais o \”muito pouco tempo para preparar o jogo\”, onde pretende corrigir alguns erros cometidos no jogo de Luanda.

Srdjan Vasiljevic referiu, na altura, que apesar de ter vencido o adversário por 4-1, “não se deve pensar que Angola é melhor que o adversário”, sendo por isso necessário estudar o seu histórico que pode mudar as coisas em sua casa.
“Deste modo, só a humildade e o respeito a todos os adversários é que vai levar os Palancas Negras ao seu objectivo, que é chegar ao CAN\’2019 nos Camarões”, esclareceu o treinador.

Os Palancas Negras somam seis pontos e assumem a liderança do grupo I, os mesmos que o seu adversário na segunda posição. Em terceiro está o Burkina Faso (3), enquanto o Botswana ainda não pontuou.

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