Moradores não colaboram e edifícios degradam

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O problema que reside há anos em muitos prédios da capital, afecta hoje as centralidades. Lei atira para os moradores a responsabilidade da gestão dos edifícios, mas estes alegam que esta cláusula não consta no contrato. Já os especialistas dizem que a lei não é clara.

Elevadores avariados, portas de entrada dos edifícios estragadas, quadros de electricidade danificados, lixo no interior dos prédios e capim à volta dos edifícios compõe o cenário de muitos imóveis nas principais centralidades de Luanda. No centro da cidade também são muitos os prédios que não vêem os elevadores funcionar há dezenas de anos. Em causa está o não-cumprimento do Decreto Presidencial 141/15, de 29 de Junho, que obriga cada condómino a contribuir mensalmente com uma verba para a manutenção e limpeza do espaço comum dos edifícios e para um fundo de reserva.

Passados 10 anos sobre a data em que os primeiros apartamentos nas centralidades foram ocupados, o Expansão constatou que muitos prédios estão a entrar em degradação. No Sequele, os moradores dos prédios 10, 11, 12, 19 e o 22 do bloco 12 há muito que não andam de elevador por estarem danificados. Residente no 8.º andar do prédio 10, Elizete Gunza, conta que o elevador do edifício onde vive já não funciona há meses. “Os elevadores começaram a apresentar problemas muito cedo. Vivo aqui há seis anos, e dois anos depois de recebermos as chaves os elevadores começaram a apresentar problemas sérios. Muita gente ficava presa. Já fui vítima três vezes, tanto é que, mesmo a funcionarem, prefiro não usá-lo por medo”, referiu.

Além dos imóveis mencionados, o Expansão verificou muitos prédios sem elevador no Sequele. Segundo Elizete, alguns elevadores continuam estragados e outros sem solução porque, quando estes equipamentos apresentam avaria, os vândalos aproveitam-se e roubam algumas peças, o que torna mais cara a sua reparação. A moradora acrescenta que a informação que obteve da coordenação do prédio é que a manutenção do elevador custa mais de 200 mil Kz, mas para a reparação foi solicitado a cada morador uma contribuição de 100 mil Kz.

Fonte: JORNAL EXPANSÃO

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