Lopito Feijoó apresenta livro em Luanda
Lopito Feijoó divulga terça-feira, às 18 h00, no Camões – Centro Cultural Português, em Luanda, o novo livro de poesia intitlado “Doutrinárias Lâminas Doutrinárias”, com apresentação dos escritores António Gonçalves e Cíntia Gonçalves.
O livro, lançando recentemente em Lisboa, capital de Portugal, faz parte da colecção “Troncos da Literatura Angolana”, que integra obras inéditas de autores que tenham contribuído para a evolução do mosaico literário nacional.
Bolsonaro e Haddad na segunda volta da eleição presidencial no Brasil
Candidato da direita diz que vai unir o país e o da esquerda quer unir os democratas
O candidato do PSL Jair Bolsonaro e o candidato do PT Fernando Haddad disputam no dia 28 a segunda volta da eleição presidencial no Brasil.
Na primeira volta neste domingo, 7, com 99 por cento das urnas apuradas, Bolsonaro consegue 46,27 por cento dos votos e Haddad obtém 28,94 por cento.
Na corrida ao Planalto, Ciro Gomes (PDT) obteve 12,52 por cento, enquanto Geraldo Alckmin (PSDB) soma 4,82 por cento.
Numa transmissão ao vivo no Facebook ao lado do economista Paulo Guedes, que será o seu ministro das Finanças, caso for eleito, Jair Bolsonaro prometeu unir o país.
“O agradecimento que faço é a todos os brasileiros, ganhamos em quatro regiões. Perdemos no Nordeste, mas nossa votação no Nordeste foi muito boa e tenho certeza que Deus ajudará por ocasião do segundo turno”, afirmou.
“Temos tudo para sermos uma grande nação. Temos que unir o nosso povo, unir os cacos que nos fez o Governo da esquerda no passado. […] Vamos unir o nosso povo. Unidos, seremos, sim, uma grande nação. Ninguém tem o potencial que nós temos”, acrescentou Bolsonaro, para quem o Brasil “não pode dar mais um passo à esquerda”.
Por seu lado, em declarações num hotel em São Paulo, o candidato do PT Fernando Haddad, comemorou a passagem à segunda volta.
Ele afirmou ser preciso aproveitar a segunda volta com “sobriedade” e “senso de responsabilidade” e prometeu “unir os democratas do Brasil”.
Na sua intervenção, Haddad revelou ter conversado com outros três candidatos que ficaram de fora na segunda volta: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).
“Nós queremos unir os democratas do Brasil, nós queremos unir as pessoas que têm atenção aos mais pobres desse país tão desigual. Queremos um projecto amplo para o Brasil, profundamente democrático, mas também que busque de forma incansável a justiça social”, declarou o candidato do PT.
Para Haddad, esta eleição tem “muita coisa em jogo, muita coisa em risco, o próprio pacto da Constituinte de 88 está hoje em jogo em função das ameaças que sofre quase que diariamente”.
Nas eleições deste domingo, em 12 dos 27 Estados mais o Distrito Federal, Brasília, os governadores foram eleitos na primeira volta.
Houve eleições para o Senado e a Câmara dos Deputados.
Centralidade do Zango 8000 recebe primeiros moradores
Os três primeiros moradores do projecto habitacional Zango 8000, em Luanda, que concorreram pela função pública entre Agosto e Setembro de 2017, receberam hoje as chaves das suas residências.
A ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, fez a entrega simbólica das primeiras habitações da Centralidade do Zango 8000 aos cidadãos, num acto que marca o arranque do processo de venda das duas mil e 600 primeiras habitações das 8000 projectadas naquela nova urbanização do município de Viana.
De acordo com a ministra, a comercialização destas duas mil e 600 residências deve-se ao facto de terem as soluções provisórias complementares para as águas residuais.
A entrega das restantes habitações está condicionada à conclusão das infra-estruturas das Estações de Tratamentos de Águas Residuais (ETAR).
Para a Vila Pacífica, a ministra entregou a chave a um dos proprietários das 336 habitações disponíveis para esta fase.
“O processo está a decorrer de forma razoável, e nesta fase entregaremos à função pública e depois serão as empresas públicas e ao público em geral” – disse.
Ana Maria, uma das beneficiaras, disse que foi para a reforma há semana passada e agora ganhou uma casa “para poder repousar depois de muito ter trabalhado”.
Para o Zango 8000, os beneficiários das residências terão uma prestação mensal de 64 mil e 444 kwanzas nas vivendas isoladas, 59 mil e 841 kwanzas nas vivendas geminadas e 46 mil e 32 kwanzas nos apartamentos.
Fonte: Angop
A religião é subproduto de classe
Nesta semana não assisti o Programa Televisivo na Lente, por falta de energia eléctrica, mas não posso deixar de tecer a minha modesta opinião sobre o fenómeno religioso em Angola, sobretudo, em Luanda.
Segundo Aristóteles, a observação é o método mais eficiente e eficaz para avaliar um discurso e eu concordo. Desde que nasci, sempre acreditei na existência de um ser supremo, todo-poderoso e benevolente, isto torna-me num ser teísta.
Comecei a frequentar, de forma activa à igreja quando ainda estudava a 6ª classe, isto em 2003. Naquele longínquo período, eu já interrogava a função primária da igreja e os meus amigos, aqui na rede, podem confirmar.
Porém, não entendo o espanto e consequente admiração das pessoas ao verem a reportagem sobre a religião em Angola divulgada ontem pela Televisão Pública de Angola (TPA), pois penso não ser uma verdade oculta, só não vê quem não quer.
Em Angola está cada vez mais visível, o desespero, a pobreza, a fome e até o imediatismo, que têm levado as pessoas a acreditarem na primeira luz que aparece, por esta razão temos visto situações lastimáveis, todos temos um parente, amigo ou vizinho, que vendeu tudo pela religião, sejamos sinceros, eu até já nem consigo distinguir alguns pastores dos “quimbandeiros”, parece até que está tudo misturado.
Por isso, defendo que a religião é alienação, é uma forma de iludir a mente do homem, mostrando-lhe as venturas celestes para encobrir a miséria e a opressão, que é a realidade humana.
Esta alienação deve ser esclarecida “a partir da situação histórico-social concreta.” Para Karl Marx a alienação não é o fundamento da religião, mas o resultado. De acordo com os escritos de Marx, esta alienação esta na condição social e económica das classes menos favorecidas que são exploradas pelas classes dominantes, ricas.
Contudo, para ele, se essas barreiras de classes sociais e económicas forem destruídas, automaticamente a religião também o será. Pois a religião é subproduto de classe.
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