Casas de Câmbios sem divisas

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As casas de câmbio e agências de remessas de valores estão, há sete meses, sem obter divisas através dos leilões semanais realizados pelo Banco Nacional de Angola (BNA), o que resultou na paralisação de inúmeras delas, pondo em risco empregos de centenas de trabalhadores.

Um mês depois da Associação das Casas de Câmbio de Angola (ACCA) remeter, sem sucesso, uma carta a José de Lima Massano, visando reverter a falta de divisas que enfrentam desde Outubro de 2017, um grupo de colaboradores seus endereçou uma carta aberta ao Presidente da República, em que solicitam a sua intervenção para pôr cobro ao problema. Ouvidos pelo OPAÍS, os signatários do documento acusam o actual governador do BNA de excluir as agências de câmbio dos leilões semanais realizados no mercado primário.

“Sentimo-nos no dever de pedir ao Presidente da República, a fim de intervir na referida causa, uma vez que o Executivo que lidera definiu como estratégia, o combate à pobreza. Como será possível combatermos a pobreza quando mais de 1.500 famílias ficam sem emprego?”, questionam. No documento a que tivemos acesso, os colaboradores das casas de câmbio interrogam, igualmente, “como é possível os bancos comerciais continuarem a beneficiar dos leilões, enquanto as casas de câmbio e agências de remessas não?”. O número de colaboradores das casas de câmbio anda à volta de 600 pessoas, correspondente a 1.500 famílias.

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