Luanda volta ao trânsito agitado

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2003
In front of the Viana railway station, a bus of TCUL (Transporte Colective Urbano de Luanda E.P.) a bus of TURA (Transporte Urbano Rodoviario de Angola, privado) Condongeiros (mini-buses, privado) e viaturas individuales

Luanda acordou ontem diferente em relação aos dias em que vigorava o Estado de Emergência. Trânsito rodoviário agitado, sobretudo nas avenidas de acesso ao centro da cidade, muito movimento de pessoas nas ruas, paragens de táxis abarrotadas, muito afluxo de pessoas nas instituições bancárias – sobretudo nos balcões do BPC- , vendedores ambulantes espalhados por todos os cantos, enfim… a capital angolana esteve como nos dias em que não se falava da pandemia da Covid-19.

Ontem, primeiro dia de implementação da Situação de Calamidade Pública decretada pelo Titular do Poder Executivo, o Jornal de Angola andou pelas ruas, ouviu pessoas, que defenderam rigor e fiscalização no cumprimento das medidas de biossegurança para travar o alastramento da pandemia, que no país já fez quatro mortes.

As avenidas 21 de Janeiro e Deolinda Rodrigues serviram de barómetro para determinar Luanda no primeiro dia de Situação de Calamidade Pública.
Os estabelecimentos co-merciais funcionaram dentro dos parâmetros estabelecidos e a venda informal invadiu espaços, atrapalhando o trânsito. Alguns produtos eram mesmo expostos nas pedonais.

Grande parte dos restaurantes, cafés e lanchonetes continuava encerrada. Alguns proprietários evocaram falta de dinheiro para compra de produtos com vista o reinício da actividade e preparação de condições de biossegurança para reduzir o risco de infecção, tanto dos trabalhadores como dos clientes.

Mas o Restaurante São João, no Bairro Maculusso, abriu as portas ao público logo pela manhã. Ana Bela, responsável do espaço, disse que a fraca afluência de clientes deve-se ao temor dos clientes pela pandemia. Ela acredita que aos poucos “tudo voltará à normalidade”.

Afirma que as condições de biossegurança estão criadas. Logo à entrada, os clientes são obrigados a higienizar as mãos com álcool em gel, só depois são encaminhados para as mesas, separadas dois metros uma das outras. As casas de banho dispõem de sabão azul e toalhinhas descartáveis.

Ana Bela assegura que todos os funcionários do restaurante usam máscaras e luvas. “Estamos a ter o má-ximo cuidado de higienizar o espaço”, referiu.

O pároco da Igreja Nossa Senhora de Fátima, no bairro Nelito Soares, garante o iní-cio de algumas actividades. Sublinhou que os cultos e celebrações são uma peque-na parte no leque geral das actividades da igreja, que incluem a catequese, reunião dos grupos, cursos de noivos, etc.

O frei PietroTosatodro assegura que os cultos serão simples e algumas partes serão omitidas, como a troca de abraços no momento da saudação. Acrescentou que a hóstia será dada nas mãos, sem o pronunciamento das palavras habituais.

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