Presidente exigiu para o afastamento de funcionários “sem qualificação e nomeados por serem familiares ou protegidos por políticos”
O Presidente angolano manifestou nesta quarta-feira, 23, a necessidade de se acabar com o nepotismo também nas missões diplomáticas.
No discurso que pronunciou ante os embaixadores de Angola que estão reunidos em Luanda, o chefe de Estado pediu ao ministro das Relações Exteriores para tirar das missões diplomáticas todos os funcionários “sem qualificação e que foram nomeados por serem familiares ou protegidos por políticos”.
João Lourenço orientou também a recolha ou a não renovação de todos os passaportes diplomáticos em posse de pessoal que não exerce a diplomacia e pediu uma mudança radical na gestão do Ministério das Relações Exteriores e dos recursos disponíveis.
Na sua intervenção, Lourenço exigiu que a diplomacia seja mais eficiente e virada para a promoção da boa imagem do país, a captação do investimento estrangeiro e a promoção do país como destino turístico.
O Presidente angolano insistiu na racionalização dos recursos disponíveis, reduzindo as missões diplomáticas e consulares, bem como pessoal das missões que se mantiveram abertas.
Ainda no quadro da redução do pessoal diplomático, o Presidente angolano anunciou que vai aumentar o número de países onde Angola será representada por embaixadores não-residentes
João Lourenço definiu como prioridade a melhoria das relações com os países africanos e manifestou a disponibilidade do seu Governo em ajudar a dirimir os actuais conflitos internos, com destaque para a República Democrática do Congo.
Em referência aos conflitos em outros países africanos,o Presidente angolano saudou os esforços para combater o terrorismo e sublinhou que Angola continua a defender a necessidade do estrito cumprimentos das resoluções das Nações Unidas.