Os cidadãos que vivem nas centralidades e não pagam renda dos apartamentos ao Estado, começam a ser notificados em Outubro para acertarem contas e quem o não fizer, será despejado pelo Instituto Nacional da Habitação (INH), soube o Novo Jornal.

Segundo o INH, há nas centralidades muitos devedores e o Estado sabe quem são os que pagam e quem não paga os apartamentos atribuídos e vai iniciar processo de despejo dos incumpridores em breve.

Cláudio Fortunato, director adjunto do Instituto Nacional da Habitação, disse, durante o programa “Angola em Directo”, da Rádio Nacional de Angola, que os proprietários começam a ser notificados no próximo mês e que o processo irá começar em Luanda, na centralidade da Vida Pacifica, no Zango 0, em Viana, mas irá estender-se por todo o País.

“Temos o cadastro de todos os moradores das centralidades e sabemos quem paga, quanto paga, quanto pagou e quem não paga. Esses estão a arriscar serem desalojados”, afirmou.

Segundo o Instituto Nacional da Habitação, o acordo com essas pessoas era de entrar e começaram a pagar os imóveis mensalmente, como consta do contrato.

“Todos têm obrigações e deveres, se não estão a pagar o Estado vai cumprir com o dever de os desalojar”, referiu.

Conforme o INH, o processo de notificação dos devedores e não devedores irá começar em Outubro, na Centralidade da Vida Pacifica, por ter mais de 80 por cento dos devedores.

Entretanto, alguns cidadãos asseguram que muitos dos jovens que beneficiaram dos apartamentos não têm condições financeiras para honrarem este compromisso de pagamento ao Estado.

A direcção do Instituto Nacional de Habitação diz que tem estado a sensibilizar todas as semanas os moradores para fazerem os pagamentos e que o apelo tem surtido algum efeito.

No mês de Julho, o presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Isaías Kalunga, pediu aos residentes da centralidade da Vila Pacifica, que é habitado maioritariamente por jovens, que honrem o compromisso e façam os pagamentos.

O Censo Geral da População e Habitação arrancou a 19 deste mês, sob uma ‘chuva’ de protestos e debaixo de uma contestação que tem atingido, em primeiro lugar, a logística, já considerada a ‘mancha negra’ de todo processo. Desde o arranque há recenseadores, em todo o país, que nem entraram em campo por falta de material de trabalho como camisolas, passes e tablets, além de não haver viaturas suficientes.

Em todo o país, a falta da presença dos inquiridores tem “causado estranheza”. A comparação é feita com o primeiro censo, realizado em 2014 em que desde o início censitário o país esteve ‘pintado’ com as cores laranja das camisolas dos recenseadores.

A explicação, para muitos recenseadores, previstos para cobrir o censo, passa essencialmente pela falta de meios e ainda pela falta da disponibilidade da alimentação. O Instituto Nacional de Estatística (INE) tem falhado com a distribuição do valor da merenda diária, que lhes foi prometido como subsídio de alimentação.

“A situação é caótica. Saco vazio não fica em pé”, lê-se nas redes sociais, usando frases comuns no léxico angolano. “No início, prometeram 2.500 kwanzas diários e agora já falam de mil kwanzas”, denuncia um agente censitário que preferiu não ser identificado.

O gás de cozinha continua a ser vendido na normalidade em vários pontos de Luanda, apurou, sábado, o Jornal de Angola numa ronda efectuada em diversos pontos da cidade capital.

A falta do produto nos principais postos de revendedores tem sido dos temas mais abordados em diversos pontos da província de Luanda e com base nos dados obtidos, o problema está na distribuição para os postos de revendedores e não na fábrica de enchimento.

Durante a ronda, os compradores do bairro Rocha Pinto afirmam que têm conseguido comprar o produto na normalidade nas primeiras horas do dia, mas depois a aquisição f

“Não há qualquer dificuldade na obtenção do produto, só não consegue o indivíduo que chega no local depois das sete da manhã”, disse João Costa, morador do bairro Rocha Pinto. Ana Beatriz, gerente do estabelecimento comercial, disse que o produto está a ser vendido na normalidade e sem restrições. “Estamos a comercializar o gás sem restrições”, revelou. Em relação às dificuldades no abastecimento do produto por parte do fornecedor, a gerente revelou que já dura algumas semanas.

No distrito urbano da Samba, município de Luanda, a proprietária de um dos estabelecimentos da circunscrição revelou que há semanas enfrenta dificuldades no fornecimento do gás de cozinha. Antonica João contou que apesar dos constrangimentos na aquisição do produto, o preço do gás mantém-se

Na Macambira, um dos pontos de referência de venda do produto, a nível de Luanda, a gestora do local, Carla dos Santos, explicou que o abastecimento do gás está a ser feito na normalidade.

Desequilíbrios

O director das operações da Sonagás, Pedro de Sá, esclareceu que houve um registo de procura acima do normal, a partir do qual aconteceram alguns desequilíbrios, mas a situação está resolvida.

Aos consumidores, aconselhou a comprar o gás nos postos oficiais para evitar adquirir o produto a preços especulativos. “Estamos a trabalhar no sentido de regularizar a situação da procura que registámos nos últimos dias. Nos próximos dias, teremos tudo normalizado”, disse.

A estrada do Patriota que esteve fechada desde o passado mês de Julho, foi hoje reaberta a circulação mas com algumas limitações.

De acordo a vistoria feita pela nossa redação, ambos sentidos de circulação estão abertos ao trânsito mas no sentido descendente, ou seja da via expressa a ponte do Benfica ainda há algumas restrições na via e o asfalto não foi reposto.

Os automobilistas vêem nesta medida um alívio, visto que a via do antigo controlo do Benfica estava constantemente congestionada para quem pretendia ir a via expressa, Benfica ou mesmo ao Kilamba.

Ainda não se sabe quando será concluída a empreitada mas para alívio de muitos já se circula no patriota.

A redação do KilambaNews recebeu uma nota da direção da EPAL com o seguinte esclarecimento sobre a falta de água na centralidade do Kilamba:

Na madrugada de segunda-feira 16/09, registou-se uma avaria eléctrica na linha de média tensão que alimenta a estação de bombagem de água bruta do Kilamba. Em função desta ocorrência estão privadas de água o Kilamba, KK5000, o Bairro Bita Vila Flor e arredores.

As equipas já estão no local a recuperarem a avaria mas não ficou ainda resolvida, portanto, prevê-se restaurar o normal abastecimento ainda hoje (18/09), por enquanto o abastecimento de água está a ser feito de forma intermitente a partir do centro do Camama de formas a colmatar o défice.