Há estratégia de comunicação?

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O mês de Maio ficou marcado pela realização da palestra intitulada Comunicação, o Espelho de um País: O Papel da Comunicação Social nas Relações Internacionais. Entre nós, o debate juntou intelectuais de outras áreas do conhecimento, sobretudo, jornalistas, comunicólogos e especialistas em comunicação institucional.

Comunicação social é fundamental para o êxito de qualquer Governo na conquista pela opinião pública, bem como mecanismo de marketing nas democracias contemporâneas. No entanto, os conceitos ligados à comunicação buscam desenvolver e definir uma possível estratégia de posicionamento no contexto africano e quiçá mundial, definindo sua identidade visual e a criação de mecanismo que sustentem a imagem institucional de Angola fora dos nossos limites geográficos.

Por exemplo, a Rádio Nacional de Angola (RNA) com todos os seus tentáculos de emissoras e rádios locais, que erradamente chamamos de rádios comunitárias. Além disso, o grupo RNA tem um Canal Internacional, um canal de Línguas Nacionais, um Canal Musical, bem como uma emissora dedicada ao desporto.
Ora, todas as emissoras que mencionei em cima trabalham 24 horas ao dia com os mais potentes emissores do Mundo. Logo, estamos em presença de um dos maiores exemplos de tecnologias do poder e do maior palco da política angolana.

Por outro lado, agregamos os adidos de imprensa das missões diplomáticas e os espaços “comprados” para a propaganda nos grandes canais, podemos dizer que o País tem uma poderosa máquina de comunicação ao nível de influenciar toda política externa.

Mas, quem entre nós sente esse poder lá fora? Isto, significa que estamos diante de falta de credibilidade. Porque temos os meios, temos os técnicos e temos disponibilidade profissional para trabalhar! Então, o que falta? Será estratégia de comunicação ?

Entretanto, durante o mesmo mês vi uma notícia absolutamente interessante na Televisão Pública de Angola (TPA), que dava conta da visita dos antigos militares sul-africanos na província do Cuando Cubango. A peça jornalística dizia que os antigos militares vieram visitar um lugar por onde foram “ESCORRAÇADOS”, Isso não se diz nem a brincar. Estávamos em presença de uma notícia que poderia ser retomada em todo continente e quiçá no mundo, mas por falta de estratégia perdemos uma grande oportunidade dos nossos órgãos serem citados como fonte primária!

Por Osvaldo Manuel, especialista em Comunicação Institucional!

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