“Centralidades são um desastre” diz Engenheiro

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Em entrevista ao Jornal de Angola, na qual se pronunciou sobre as várias construções que surgem na cidade capital, o engenheiro Manuel Resende de Oliveira definiu as centralidades como um desastre, onde nada funciona.

“Eu não sei quem é que teve a ideia de fazer centralidades, porque, efectivamente, a centralidade não funciona: não há ocupação, é notória a ausência de serviços, enfim, uma vida que não permita ter um emprego para quem ali vive. Isso implica a deslocação das pessoas para os sítios do emprego, que continua a ser na Luanda velha”.

Manuel Resende de Oliveira questionou-se ainda sobre o que se pretendeu com a construção das centralidades, se foi para alojamento, habitação para as pessoas e para que tipo de pessoas.

Ministro do Urbanismo, Obras Públicas e Habitação, no primeiro Governo da Angola independente, o engenheiro afirmou que não há habitação social num 10º andar, porque os custos de viver num prédio de 15, 20 ou mais a dares, onde os elevadores não funcionam, o abastecimento de água, bombagem, custos do condomínio e tudo isso, não é pensável que uma centralidade possa ser um local para habitação social.

“Definitivamente, as centralidades não são para resolver os problemas da habitação social; não têm características para isso.

Por isso, não me atrevo a idealizar Luanda, porque, no estado em que ela está, vai ser preciso partir muita coisa para se fazer uma Luanda, uma cidade do futuro, governável, onde haja qualidade de vida, onde as pessoas tenham prazer de viver”, rematou.

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