Água do kilamba poderá ter mais qualidade com a gestão do Citic

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Av. Imperial Santana, junto ao ISCED

O Ministro da Energia e Águas João Baptista Borges e a empresa chinesa Citic assinaram um acordo, em Luanda, na centralidade do Kilamba, na passada segunda-feira, que permite a Citic assumir, por um período de seis meses, a gestão dos sistemas da Estação de Tratamento de Água (ETA) e Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da cidade do Kilamba que está habitada desde 2012.

Os técnicos da empresa chinesa, que construiu as duas estações da cidade do Kilamba, localizada no município de Belas, província de Luanda, vão monitorar todo o sistema usado para manter a qualidade e o fornecimento de água potável aos moradores da cidade do Kilamba e dar formação aos técnicos da EPAL e do Governo Provincial de Luanda.
A transferência temporária da gestão das estações da EPAL para a Citic consta de um memorando de entendimento, assinado na segunda-feira, entre o Ministério da Energia e Águas e a Citic, cerimónia que se realizou na cidade do Kilamba.
Por força do memorando, a Citic vai também reparar e recuperar os equipamentos danificados, a fim de garantir que as duas estações funcionem com eficiência, 24 sobre 24 horas. Na cerimónia de assinatura do memorando, o ministro da Energia e Águas declarou que a formação vai permitir, no futuro, que os técnicos nacionais possam operar sem limitações as máquinas integradas no sistema de tratamento da água fornecida aos moradores da cidade do Kilamba.
João Baptista Borges acentuou que o acordo estabelecido é “um pacto muito genérico”, pelo que é preciso que “as entidades envolvidas concluam, num prazo de dez dias úteis, os acordos específicos para a formação” de técnicos das duas estações de tratamento de água potável e residual.
O ministro da Energia e Águas adiantou que o memorando põe fim aos “constrangimentos que causaram inúmeras dificuldades ao abastecimento de água potável”, que ocorrem desde Março. “Esse acordo serve para responder a algumas preocupações que afligem os moradores da cidade do Kilamba e concomitantemente ao Executivo que não esteve indiferente aos problemas vividos pela população”, sublinhou o ministro João Baptista Borges.
O governante tranquilizou, por outro lado, os habitantes da cidade do Kilamba com a informação de que a cobrança do consumo de água, por estimativa, tem os dias contados, porque a EPAL está já orientada a fazer leituras aos contadores para realizar as cobranças pelo que se consome efectivamente, uma vez que já “há condições” para o efeito na cidade do Kilamba, que tem 22 mil apartamentos.
“Temos de eliminar as estimativas”, reconheceu o ministro da Energia e Águas, que defendeu a introdução de um ciclo comercial de leitura aos contadores, que cumpra as fases de “leitura, facturação e cobrança”, reclamação reiteradamente feita pelos moradores da cidade do Kilamba.
O ministro da Energia e Águas deu ênfase à necessidade de a EPAL dar “resposta pronta e rápida às reclamações dos cidadãos”, indo ao encontro das preocupações.
Ainda sobre a cidade do Kilamba, o ministro reconheceu a necessidade de preservar as condições e qualidade da nova urbanização da província de Luanda e acentuou que “não podemos deixar a cidade do Kilamba deteriorar-se, por força das nossas limitações”.
A ministra do Ordenamento do Território e Habitação disse, momentos antes da assinatura do memorando de entendimento, que o principal objectivo é passar alguns serviços, como é o caso da ETA e da ETAR, para a EPAL e o Governo Provincial de Luanda.
O governador da província de Luanda, Sérgio Luther Rescova, que esteve presente na cerimónia, louvou o esforço do Ministério da Energia e Águas para controlar e melhorar a qualidade da água potável fornecida aos moradores da cidade do Kilamba, facto que espera ser extensivo às restantes urbanizações da província de Luanda.
Sérgio Luther Rescova garantiu que a Unidade Técnica de Luanda está “disponível, preparada e orientada” para, em colaboração com a EPAL e a CITIC, dar início a um “processo mais estruturante” de passagem de responsabilidade, que envolva quadros nacionais, que na sua opinião “podem ganhar experiências com a empresa chinesa, para que possam, paulatinamente, dar continuidade à manutenção do equipamento.

Fonte:JA

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