A Polícia Nacional deteve, na semana finda, o director adjunto de uma escola pública, denominada “Povo em Luta”, localizada no Distrito Urbano da Samba, em Luanda, por, supostamente, ter abusado sexualmente, inúmeras vezes, uma aluna, de 14 anos, ao ponto de a engravidar.
De acordo com o porta-voz do Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional, superintendente Nestor Goubel, a corporação tomou conhecimento do crime através do tio da menor, que apresentou queixa-crime na esquadra da Samba.
Acrescentou que a criança explicou aos encarregados de educação que o director adjunto da escola ameaçou reprová-la caso ela não aceitasse envolver-se sexualmente com ele.
Segundo Nestor Goubel, a criança contou, também, aos pais que o director ad-junto prometeu matá-la caso contasse a alguém o que ele lhe fazia.
“Quando a criança notou que parou de menstruar ficou preocupada e ligou imediatamente ao director adjunto da escola, que a mandou ir ao seu encontro no Hospital da Samba, onde foi avaliada por uma enfermeira, que, depois de confirmar a gestação, sugeriu que fossem a um Centro Médico chamado “Asa Branca”, onde foi submetida a exames médicos que concluíram que estava grávida de um mês e três semanas”, disse Nestor Goubel.
O porta-voz do Comando Provincial da Polícia deu a conhecer que, no dia seguinte, por volta das 7 horas, o director adjunto da escola mandou a criança ir ao seu encontro no bairro Rocha Pinto, tendo sido depois levada ao Distrito Urbano do Benfica, num lugar ermo da Zona Verde, onde foi obrigada a tomar um comprimido e de seguida aplicou-lhe uma injecção.
Posta em casa, por volta das 11 horas, a menor começou a passar mal e dirigiu-se à casa de banho com muita frequência, tendo chamado a atenção da mãe, que levou-a ao hospital, onde concluiu-se tratar-se de um aborto.