Corpo da advogada desaparecida há quatro dias encontrado na fossa da sua casa

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Carolina Joaquim de Sousa da Silva, uma advogada de 26 anos, ao serviço do escritório Legis Veritas, na Maianga, em Luanda, encontra-se desaparecida desde quinta-feira, depois de ter saído de casa para o serviço.

Segundo os familiares da advogada, ela terá saido às 08h00 de casa acompanhada pelo marido que a levou a uma paragem de táxi, no bairro em que o casal vive, por a sua viatura estar avariada.
Por volta das 12h00, o marido ligou para a esposa, mas não conseguiu falar com ela por terem estado desligados os dois telemóveis que a advogada usava.

Advogada há cinco anos, Carolina da Silva está grávida de dois meses. Maria Armando, mãe da advogada, disse a TPA e o Jornal de Angola que o marido da filha, por não ter conseguido falar por telefone com a esposa, contactou o escritório de advogados, tendo ficado a saber que a esposa não havia chegado ao serviço.

Preocupado, deslocou-se a casa da sogra, para saber se a esposa havia passado por lá. A sogra não se encontrava em casa, razão pela qual ligou para ela, para saber a sua localização. A conversa sobre a esposa não foi mantida ao telefone porque a sogra estava a conduzir, daí ter o genro decidido ter a conversa quando a sogra estivesse já em casa, onde, quando chegou, encontrou um ambiente agitado.

“Entregámos tudo à Polícia e a Deus”, disse a mãe da advogada desaparecida, que confirmou ter a família feito, no mesmo dia, uma participação à Polícia e percorrido as morgues e os hospitais. A senhora disse pressentir que a filha tenha sida raptada.

O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, Luís Monteiro, declarou que a instituição está preocupada desde que tomou conhecimento do desaparecimento da advogada Carolina da Silva, um caso reportado pela Ordem à Polícia Nacional e ao Serviço de Investigação Criminal (SIC).

A uma pergunta sobre se os advogados deviam ter segurança à sua disposição, um privilégio que têm os magistrados judiciais e do Ministério Público, Luís Monteiro declarou: “Defendo que os juízes e os procuradores tenham segurança privada porque decidem os processos”.

Sobre os advogados, o bastonário disse que, se um advogado receber ameaças, deve abrir um processo-crime e solicitar protecção pessoal, devendo o problema ser reportado à Ordem dos Advogados de Angola para a intervenção da instituição.

“A advocacia, enquanto profissão, tem riscos como todas as profissões e um dos riscos tem a ver exactamente com o exercício do direito de defesa”, salientou o bastonário da Ordem dos Advogados de Angola.

O corpo da advogada foi encontrado na fossa da sua casa, graças a um trabalho de investigação feito pela polícia nacional, que garante que tudo está a ser feito para que se apurem as causas da morte da vítima.

Fonte: TPA

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