Pela primeira vez são conhecidos os dados dos usuários da rede social chinesa Tik Tok em Angola. Os números estão em alta e já conta com 3 milhões de perfis abertos, menos 2 milhões do que as contas no Facebook, que continua a ser a rede social preferida dos angolanos com cerca de 5 milhões de usuários, mais 1,5 milhões que no ano passado, de acordo com o relatório de Janeiro de 2024 de análise de mercado digital da DataReportal, plataforma especializada em conexões por internet, consultado pelo Expansão.
A evolução da rede social chinesa, que surgiu em 2012, é “explosiva” em todo mundo e os números de perfis no País também crescem em espiral ameaçando já a rede social da Meta, Facebook, como a mais popular em Angola. É importante realçar que o Facebook, além de ser mais antigo (disponível desde 2004), tem também uma “ajudinha” da operadora Unitel, que continua a permitir um acesso gratuito através da versão zero, sendo que o Tik Tok foi lançado oito anos depois e só é acessível com dados móveis.
A terceira rede social mais popular é o Messenger, que agora funciona de forma autónoma, e conta com 1,1 milhões de perfis, o que representa um crescimento de 43% desde Janeiro de 2023, de acordo com cálculos do Expansão.
Na quarta posição está o Linkedln, com 890 mil contas, mais 258 mil em relação ao ano passado. O Instagram é a rede social que mais cresceu (51%) em Angola e fecha o top 5 das mais populares em Angola, detendo mais de 763 mil contas. No sentido, contrário, a rede social X (ex-Twitter) acompanha a tendência do que acontece lá fora e tem estado a cair em Angola. Isto porque a subscrição é paga desde que Elon Musk se tornou o accionista de relevância desta plataforma. Convém mencionar que os dados de Angola sobre o WhatsApp, o Youtube, e outras redes sociais não são conhecidos.
A nível do mundo, a rede social chinesa, que curiosamente não está disponível no país de origem (onde existe uma versão semelhante chamada Douyin, ambos propriedade da empresa mãe ByteDance, com sede em Pequim) está proibida de ser utilizada em telemóveis do Governo de alguns países da União europeia, nos Estados Unidos da América e no Canadá, por questões de segurança e privacidade. Ainda assim, tem sido uma “febre” em países onde tem permissão, por causa dos seus vídeos curtos e hashtags que se popularizam.