Francisco, que falava no final da cimeira com responsáveis de episcopados e institutos religiosos que debateram o tema, disse ter chegado a hora de “dar directrizes uniformes para a Igreja”, embora não tenha citado medidas concretas ou mudanças na legislação do Vaticano, enumerando apenas vários pontos para a luta contra os abusos a menores.
“Nenhum abuso deve jamais ser encoberto e subestimado, pois isso favorece a propagação do mal e eleva o nível do escândalo”, começou por dizer perante os 190 representantes da hierarquia religiosa e 114 presidentes ou vice-presidentes de conferências episcopais de todo o mundo que estiveram reunidos desde quinta-feira no Vaticano.
De acordo com o Papa, o primeiro ponto prende-se com a necessidade de “defender as crianças”. Para isso, instou “a mudar a mentalidade para combater a atitude defensiva” de salvaguardar a Igreja.
Reiterou a obrigação de “total seriedade” na Igreja na hora de abordar os casos, e assegurou que não se cansará de fazer o necessário para levar perante a justiça qualquer que tenha cometido tais crimes.
“A Igreja nunca tentará encobrir ou subestimar nenhum caso”, assegurou.