Operadores privados do sector imobiliário garantem construir cerca de 400 mil casas nas 18 províncias. De 2012 até agora, o Executivo não conseguiu concretizar a promessa de construir um milhão de residências, ficando nas 300 mil. Para cobrir as necessidades, Angola precisa de 2,2 milhões de habitações. Cinvestec adverte que o Estado deve deixar a actividade para os privados.
O défice habitacional vai aumentando à medida que a população cresce. Dados oficiais indicam que o crescimento populacional está na ordem dos 3% por ano, com a perspectiva de até 2030 o País registar pelo menos 40 milhões de habitantes e triplicar em 2063 para 91 milhões, assinala o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), referindo que a taxa de fecundidade anda em 6,2 filhos por mulher.
Para reverter o quadro do defice habitacional, o Instituto Nacional da Habitação (INH) lançou recentemente um inquérito no qual conclui ser urgente combater os conflitos de gestão de terra, para promover a autoconstrução dirigida, melhorar a condição financeira das famílias, das empresas e da banca.
O estudo refere que os materiais de construção são adquiridos, maioritariamente, no mercado paralelo, onde os preços do cimento variam entre 3.500 e 10 mil Kz por saco de 50 Kg. Para fazer face à demanda da habitação, o presidente da Associação dos Promotores Imobiliários de Angola (APIMA), Massada Culembala, anunciou ao NJ que o sector privado pretende construir cerca de 400 mil casas de várias tipologias, sustentando que cada província vai beneficiar de 20 mil, excepto Luanda, que terá 30 mil.