Há muito que procuro perceber a humanidade, quanto mais busco ou pretendo descobri-lo mas pateta me torna, não enxergo seu propósito face a sua existencialidade. Encontro apenas nela homens que se acham amplos demasiadamente, quando não há mais nada que se afirma num ser humano. Um bando de questões me circunda e questiono-me de que maneira foi criado o ser humano?
Um ser humano com as suas crenças e conflitos, capaz de investigar, descobrir, sistematizar, envolver-se ao mundo no qual está inserido. É assim que encontrou no solo o seu lugar para lutar pela sobrevivência, estudando as distintas formas para preservação da sua vida. Para além disso, é dotado de valores morais, cívicos e culturais que lhe excitam a desenvolver boas acções ou más. Nessa senda, é o único ser que vive conscientemente, pese embora as vezes inconsciente quando coloca em causa as suas atitudes.
Com base no pressuposto acima descrito, pode ser comparável a um ser irracional se as suas acções não corresponderem aos valores cívicos e morais.
Esses aspectos cívicos e morais é que vão influenciar o homem como parte da natureza a manifestar o afecto pelo próximo, a compaixão por outra pessoa, em vez da competição. Segundo Charles Darwin a competição é o triunfo daquele que se julga ser o mais forte, visto como o mal que pode quebrar a relação da solidariedade, sendo que a solidariedade é o bem que transforma uma pessoa mais humana e não só. Pode ser também definido como a forma eficaz de manifestação do amor, a forma mais simples de praticar o bem comum que de certa forma vai excitar a paz, bem-estar e levantar a auto estima ao sujeito que praticou a acção.
Não pode ser uma acção em que o próprio sujeito tira para si proveito e deixa o próximo pior que o encontrou conforme temos visto por ali pessoas que andam com o coração arrastado no chão, com tórax cheio de vento e ódio por não saberem viver. Porque ao longo dos tempos aprenderam que vencer na vida é explorar o outrem, roubar não somente os bens materiais que possui mas também quebrar-lhe a alegria de forma hiperbolizada.
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) ao longo dos seus estudos afirmou que o homem nasce livre mas que na medida que vai desenvolvendo é corrompido pela sociedade através de certas normas estabelecidas pela sociedade naquela época na qual as suas normas afastaram o homem da sua real essência contrariando assim a teoria de Voltaire direccionada a razão e a ciência na era do Iluminismo.
O Iluminismo era uma teoria voltada para ciência e o conhecimento, onde o homem deveria ser livre e centrar-se simplesmente a liberdade política e de expressão quebrando em si as normas da religião que presume-se em fazer o bem.
O bem que deve partir de uma acção em benefício do próximo que não é visto somente no âmbito da religiosidade, mas na forma como se vive em paz consigo mesmo e com os outros também. Num tempo comparável a era da salvação que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus (Bíblia: Mateus capt.19 vers.24). A resignação ao humanismo em maior proporção, vai dilacerando a vida em feitos nocturnos. Hoje o sol é um fenómeno escuro e a probabilidade de uma catástrofe na sociedade pela frieza com que são tratados os factos em todas as suas esferas, um tempo surreal onde são abordados os sonhos e o futuro dos nossos filhos. Uma trégua de ilusões, uma intrépida vivacidade de forças que vão consubstanciando o verão como gotas de chuva molhando a alma de quem não dorme, que aproveita os desertos para enriquecer as mãos com sementes que hão-de brotar o campo com sorrisos.
Pena é que mesmo com as dificuldades a gente tem de crescer sem querer, tem de acompanhar toda turbulência do temporal, soluçar quando a alma grita por desespero, pisar na terra que enterrou os nossos entes queridos. Suportar fenómenos que aceleraram o nosso desenvolvimento ao seu belo prazer com rasteiras e experiências.
A humanidade vem de longe, parte da natureza, obra de um artista que sonhou pintar a tela e inventou um ser humano no imerso de outros seres vivos, fruto de um fenómeno sensacional, as vezes um bicho fora das suas faculdades mentais construindo apenas um planeta de água flutuando, se a alma que deseja para si for de uma pessoa maléfica, que requer apenas um tecto para si e uma tipóia de infortúnio para o seu próximo causando empecilho a uma comunidade que seria próspera. Um ser digno se de facto aproveitar a sua razão para brilhar em torno dos outros.
Um tipo diferente, melhor que aquele que a sociedade conhece como influenciador de más acções, atiçando a maior parte da população total destruição para si e sua comunidade. Um ser conveniente, contrário de todo indivíduo que não contribui para o bem, que reprova as boas práticas no seio social, num País que deve dar certo para todos, distante do que se afirma como um fenómeno fechado (circuito fechado) e uma esfera nua (distante do bem comum) que não se preze ao retrocesso a vida inteira, capaz de engordar o mundo inteiro com harmonia sem inflamar retrocesso a vida inteira.
Gratificante e motivador querida Sra. Denise!