“Lagoa da morte” em Viana

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Sete crianças e jovens já morreram em lagoa que habitantes apelidam de “lagoa da morte”. Época das chuvas leva alguns moradores a abandonarem as casas. População aguarda intervenção das autoridades.

Época das chuvas é problemática

Augusto Bernardino mora a poucos metros da “lagoa da morte”. Conta que a época da chuva é muito problemática. “Já vi vários mortos aqui. A primeira foi de um corpo de um adulto, parece que tinha sido assassinado. Mas outros dois rapazes, de quase 14 anos, morreram por afogamento”.

Crianças banham-se e pescam na lagoa

Segundo os residentes, as vítimas, na sua maioria, são de outros bairros. Vão à lagoa para tomar banho e pescar. “As crianças que vêm tirar peixinhos aqui na lagoa vêm dos bairros como a Caop A e B e Miru. Alguns morrem. Já morreram aqui sete crianças”, contou à DW Pedro Nzuzi, presidente da comissão de moradores.

Espaço para projetos sociais

Segundo Pedro Nzuzi, os problemas começaram com a construção de uma estrada no bairro, situada num local de passagem de água. Sem o curso normal, a água forma a lagoa. “A população só quer que se construa uma vala de drenagem. Se fizerem uma vala de drenagem, esse espaço vai dar para construirmos escolas, hospitais e outros projetos de impacto social”.

Águas estagnadas lançam receio

Moradores pedem uma intervenção rápida do Governo provincial para que se entulhe a lagoa. Temem que, caso não seja feito nada, mais pessoas morram e surjam casos de malária, devido às águas paradas.

Autoridades têm conhecimento da situação

População sublinha que as autoridades têm conhecimento das suas dificuldades, mas nada fazem para acudir a situação. “De momento, só há promessas. Cada administrador que vem promete e as pessoas estão a morrer, esperando pela concretização das promessas”, conta um popular. A DW África contactou as autoridades locais, sem sucesso.

“É complicado viver assim”

Outro morador refere o problema dos mosquitos e conta que “quando chove não há caminhos para passarmos”. Muitas pessoas vêm-se forçadas a abandonar as casas na época da chuva. “É muito complicado vivermos assim”, lamenta.

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