No Grupo Média Rumo, que edita a revista Rumo e o jornal económico Mercado e o generalista Vanguarda, os jornalistas não vêem a “cor do dinheiro” desde Agosto de 2022. Dito de outro modo, há seis meses que não se paga salário no jornal co-fundado pelos banqueiros Carlos Silva e António Assis, através da sociedade angolana de gestão de activos Finicapital, num investimento que contou com a parceria do Banco Privado Atlântico, que mudou o nome para Banco Millennium Atlântico.
Aquando da fundação da Média Rumo, 30% do capital era controlada pelo Grupo Impresa (dono da SIC e do Expresso), do português Francisco Pinto Balsemão, mas o empresário luso acabou por abandonar o projecto em 2013, dois anos depois da sua fundação (2011), na sequência de divergências e incómodos causados pelas notícias publicadas pelo seminário Expresso sobre investigações da Justiça portuguesa a altas figuras do poder angolano, nomeadamente ao então vice-presidente da República Manuel Domingos Vicente (tido como protector de Carlos Silva) e ao antigo chefe da Casa Militar de José Eduardo dos Santos, o general “Kopelipa”.