A equipa de defesa do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entregou ao Senado nesta segunda-feira, 20, a sua argumentação contra o o processo de impugnação, um dia antes do início do julgamento.
“Os artigos [acusações de impugnação] – e o processo que levou à aprovação deles – são um acto político vergonhoso da Câmara dos Representantes e que devem ser rejeitados”, argumentam os advogados na nota em que defendem a recusa do processo formal por ser “um acto político vergonhoso da Câmara dos Representantes”.
No texto, os advogados de Trump consideram o procedimento “falho”, que o objectivo dos democratas “nunca foi buscar a verdade” e sustentam que o processo é um “ataque perigoso à democracia”.
Os sete deputados do Partido Democrata que actuam como procuradores no julgamento alegam que a destituição do Presidente é necessária para “garantir a integridade das eleições de 2020”, em que o republicano tentará a sua reeleição.
A acusação parte de uma ligação em Junho para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, em que Trump condicionou uma visita à Casa Branca e o desbloqueio de verbas de ajuda militar a uma investigação sobre negócios do filho do ex-vice-presidente e um dos pré-candidatos democratas Joe Biden por parte dos ucranianos.
Em Dezembro a impugnação de Trump foi aprovada na Câmara dos Representantes, abrindo caminho para o julgamento em que os senadores podem absolver Trump ou condená-lo e, assim, retirá-lo definitivamente do cargo.
Ao contrário da Câmara, onde os democratas são maioria, o Partido Republicano tem maioria no Senado, com 53 representantes.
Para que ele perca o mandato, dois terços dos senadores precisam votar contra, ou seja, além dos 43 senadores democratas e quatro independentes, seriam necessários os votos de mais 20 republicanos para somar os 67.
Observadores não admitem qualquer condenação do Presidente.