O elevado tempo de confinamento provoca stress e défice de aprendizagem nas crianças do Kilamba.
O encarregado de educação, Hélder Paulo, aponta o espaço insuficiente nos apartamentos para grandes diversões como razão de muitas crianças demonstrarem stress e pouco interesse a literatura. “Às vezes, somos obrigados a leva-las para passear em locais espaçosos apesar de a covid-19 somar e seguir”, confessou.
Baptista Bengui, director Pedagógico de um complexo escolar, descreve a escola como agente de socialização que realiza actividades didácticas de modo sistemático. Por isso, “Seriam bom que os pais e encarregados de educação contactassem, regularmente, os professores dos seus filhos, via telefone ou redes sociais, a fim de receberem orientações metodológicas para orientarem melhor a aprendizagem das crianças confinadas”, aconselhou.
Por seu turno, a psicóloga educacional, Dulce dos Santos, diz que o tempo de confinamento ou isolamento social pode gerar preguiça mental e tornar o raciocínio lógico da criança mais lento pelo facto do cérebro não desenvolver operações lógicas de modo regular. “Apesar dos pais prestarem auxilio aos filhos para a aprendizagem, a escola faz toda diferença com um processo de ensino e aprendizagem bem elaborado e coordenado”, explicou a psicóloga.
A psicóloga e o director pedagógico pediram aos pais e encarregados de educação maior criatividade para a aprendizagem e redução do tédio (tensão) nas crianças até o fim do confinamento.