Dois mortos e mais de 200 residências inundadas, é o balanço provisório apresentado, este domingo, pelo Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, das chuvas que se registaram por Luanda, nas últimas 24 horas.
“Temos o registo de 238 habitações inundadas, 243 famílias afectadas, mil e 215 pessoas afectadas directamente pelas chuvas, cinco habitações destruídas, dois deslizamentos de terra, progressão de algumas ravinas em algumas artérias da cidade capital, em particular, o município de Viana e Cacuaco e ruas alagadas, criando dificuldades de mobilidade de pessoas e viaturas”, começou por descrever o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), Faustino Minguêns, durante a apresentação do balanço provisório das chuvas que caíram por Luanda.
“Gostaríamos de fazer referência de uma situação que ocorreu sábado, às 13 horas e 40 minutos, no município do Cazenga, fomos solicitados a fazer a remoção do cadáver de um adolescente de 14 anos de idade. O mesmo encontrava-se no interior de uma vala de drenagem”, continuou.
“Esta situação ocorreu na rua da sétima avenida. É uma situação que na verdade nós temos já feito menção relativamente a algumas práticas cometidas pela população que é brincar em valas de drenagem a céu aberto, em bacias de retenção e contensão das águas pluviais, situações que têm permitido que se registe um aumento de mortes por afogamento nestes pontos.
Portanto, há toda a necessidade de continuarmos a redobrar as atenções para que se possa evitar situações que nós muitas vezes temos feito menção”, reiterou Faustino Minguêns. Segundo a fonte, constam dos danos causados pelas enxurradas, “a queda de um embondeiro, sobre uma residência, igualmente no município do Cazenga, distrito urbano do 11 de Novembro, fazendo duas vítimas, sendo um ferido, uma cidadã de 28 anos de idade e uma criança de 7 anos de idade que infelizmente acabou por perder a vida na unidade hospitalar”.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, informou, também, que vai continuar a chuver nas próximas horas, de acordo com o INAMET, tendo apelado a população a redobrar os cuidados, nomeadamente: evitar estacionar viaturas embaixo de árvores, não construir em zonas de risco, não apoiar em postos de iluminação pública e muros em mau estado.