Atraso no financiamento impede chegada das 876 viaturas Pegado ao país

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O atraso na disponibilização do financiamento e abertura das cartas de créditos impediu a chegada ao país das primeiras 876 viaturas da marca angolana ?Pegado?, prevista inicialmente para este mês de Julho.

A informação foi avançada nesta terça-feira à Angop, pelo CEO do Grupo BMP, Bruno Miguel Pegado, sublinhando que a situação está ultrapassada, prevendo que as primeiras viaturas possam chegar ao País de forma faseada em finais de Outubro.

Avançou que em Outubro chegam 75, em Dezembro 75, Janeiro 120 viaturas até atingir os 876 veículos.

Bruno Miguel Pegado disse que os preços de cada viatura deverão ter um acréscimo de 20 %, excepto para os 25 clientes que aderiram a promoção de pré-vendas.

“Tem mais de 25 clientes que aderiram ao programa de pré-vendas e estão todos informados. Tiveram contactos com os comprovativos que originaram estes atrasos”, reforçou.

Em Fevereiro deste ano (2019), a empresa havia anunciou um investimento de 58 milhões de dólares, para instalação em Angola de uma unidade industrial para fabrico e montagem de automóveis de marca “Pegado”, cujo financiamento será suportado pelo Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank).

Numa primeira fase, as viaturas serão montadas no exterior do país, para posteriormente começarem a ser montadas e fabricadas em Angola, no Waku Kungo, província do Cuanza Sul, resultante da aprovação de um plano de 16 milhões de dólares que será amortizado junto dos fornecedores, paulatinamente.

Naquela altura, Bruno Miguel Pegado, havia informado que a construção da fábrica dependia de alguns pressupostos, pois tem a linha de financiamento aprovada, mas ainda não está disponível.

Com a linha de montagem de viaturas do Waku Kungo, serão criados 100 postos de trabalho directos.

Em relação aos preços das viaturas, cujos modelos têm nomes ligados à identidade cultural angolana, rondam os AKz 2,9 milhões (Macocola) e AKZ 14,4 milhões (Okavango).

A visão da empresa é apostar primeiro no mercado angolano e depois conquistar os países africanos.

Nesta altura, a empresa tem já algumas solicitações para Congo Democrático, República Centro Africano, que querem direito de exclusividade para representar a marca nos seus países.

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