Os responsáveis dos sectores da Educação e da Saúde da província de Luanda foram orientados, nesta segunda-feira, a criar condições sanitárias e de higienização nas superfícies escolares, nesta fase de combate à Covid-19.
Segundo a governadora de Luanda, Joana Lina, que falava na abertura da primeira fase da Acção Formativa sobre as Medidas Preventivas contra a Covid-19, promovida pelos Gabinetes Provinciais da Educação e da Saúde, as autoridades de cada município devem mobilizar os recursos necessários para a criação de condições de biossegurança.
A governadora é de opinião que este trabalho deve também concorrer para o estabelecimento de um sistema escolar dinâmico e que não se resuma apenas na lavagem das mãos, na desparasitação e nas campanhas de vacinação, mas também em promover, a partir das escolas, vigilância sanitária e educação às comunidades para a saúde.
Acrescentou que todas as tarefas devem fazer parte de um plano de comunicação, com vista a informar as famílias sobre o que está a ser feito em termos de condições para acolher os alunos com segurança.
Já o coordenador da Acção Formativa, Orlando Lundoloqui, explicou que os 81 formandos responsáveis das disciplinas de Biologia, Educação Física e Educação Moral e Cívica, inspectores da Educação e da Saúde, da Acção Social e da Cultura vão assumir a responsabilidade de, a posterior, fazer a formação nos municípios.
Com término para sexta-feira próxima, os formandos vão aprender sobre o “Reconhecimento de sinais e sintomas”, “Técnicas de identificação e notificação de casos suspeitos”, “Técnicas de prevenção do estigma social e escolar” e a “Economia familiar e aprimoramento das técnicas de atracção de rendimento”, entre outros.
A actividade lectiva foi suspensa em finais de Março, devido à ameaça de proliferação do novo coronavírus, que já infectou 140 pacientes em Angola e fez seis mortos.
Segundo o cronograma reajustado do Ministério da Educação (MED), o primeiro trimestre vai de 13 de Julho a 28 de Agosto e o segundo de 31 de Agosto a 31 de Dezembro.
A partir desse período, o ano lectivo, que teria duração de 180 dias, será encurtado a 126 dias, devido à Covid-19.
O Governo determina também a adequação do sistema de avaliação, na sequência da pandemia.
As escolas terão de reduzir o número de alunos por turma. O MED prevê que as salas deverão ser divididas em dois, com duas horas e meia de aulas por grupo.