Sete horas da manhã, abrem-se os portões das escolas da centralidade do kilamba e do projecto habitacional KK 5000, em Luanda. Ninguém passa pelo portão sem desinfectar as mãos, sem usar máscara facial e sem a apresentação do cartão de vacinação contra a covid-19.
Foi este o cenário que a equipa de reportagem do Kilamba News constatou em alguns estabelecimentos de ensino público e privado nesta segunda-feira,17, na centralidade do kilamba e do projecto KK 5000, depois de um período de contenção imposto pelo Governo para travar o aumento de contágios de covid-19 no país.
Durante a reportagem, o KN teve a oportunidade de entrevistar alguns alunos e o receio de contagiada foi precisamente a razão apontada por uma das poucas alunas que afirmou que preferia manter-se, por enquanto, em casa até que os casos da covid-19 no país reduzissem.
Numa turma de aproximadamente 13 alunos, cinco admitiram que prefeririam continuar em casa, quando questionados pelo KN.
“Penso que ainda é melhor ficar em casa, estou mais protegida contra o vírus da covid-19, salientou a estudante da 6.º, sendo contrariada por um outro colega da mesma turma que admitiu “sentir falta dos colegas e das explicações presenciais dos professores”.
Para além dos alunos, a nossa equipa de reportagem falou com os encarregados de educação e estes, por sua vez, estão confiantes, entretanto, defendem ser “revistas algumas condições de biossegurança para garantir o bom funcionamento das escolas na centralidade e no projecto KK 5000.
“É fundamental que as escolas tenham um bom sistema de biossegurança para o bem dos alunos, professores e de toda a gente que se encontra na escola”, atirou Eduardo João, encarregado de educação.
Por outro lado, os professores e diretores de algumas escolas do Kilamba nomeadamente a escola do secundária do 1. ciclo Sagrada Esperança garantiram “haver motivação para um novo normal das aulas”.