As autoridades sanitárias angolanas já começaram a processar amostras colhidas nos bairros onde se verificaram casos de transmissão local de covid-19, em Luanda, e que estão actualmente com cerca sanitária, anunciou o secretário de Estado para a Saúde Pública.
Franco Mufinda adiantou que estão a ser processadas mais de 100 amostras colhidas no Cassenda (Maianga), seguindo-se outras 300 colheitas do Futungo de Belas (Talatona) onde foram diagnosticados casos de transmissão local do vírus associados ao caso 26.
Angola não registou novos casos nas últimas 24 horas, mantendo-se os 45 positivos, dos quais dois óbitos, 14 recuperados e 29 activos e clinicamente estáveis.
Foram já identificados 18 casos de transmissão local. Encontram-se em quarentena institucional, 803 pessoas e 41 tiveram alta.
Até à data foram processadas 5978 amostras, das quais 45 com resultado positivo, 5521 negativas e 412 estão em processamento.
Franco Mufinda anunciou igualmente que o governo angolano hoje recebeu dez toneladas de biossegurança do Fundo para o Desenvolvimento do Qatar para apoiar a luta contra a pandemia de covid-19.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 292 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
O número de mortos da covid-19 em África subiu ontem para os 2.406, com quase 70 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infecções (836 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 casos e quatro mortos), Cabo Verde (267 casos e duas mortes), São Tomé e Príncipe (231 casos e sete mortos), Moçambique (104 casos) e Angola (45 infectados e dois mortos).