Imobiliário. João Lourenço convida empresários a juntarem-se ao Governo para construção de um matadouro na Huíla. E manifesta a intenção de investir mais fora de Luanda, visando o descongestionamento da capital.
Presidente da República anunciou, durante o primeiro dia de sua visita de trabalho à Huíla, a inauguração para amanhã, terça-feira, da centralidade de Quilemba, no Lubango, mandada construír pelo Governo anterior.
João Lourenço garante que a centralidade “está pronta desde 2014, mas sem condições para ser habitada”, por falta de água e energia eléctrica, itens agora instalados pelo seu Governo, embora parcialmente.
De acordo com o Presidente, as condições actuais já permitem que “800 habitações sejam distribuídas”, dado que as restantes serão entregues à medida que as dificuldades no acesso à água e à energia eléctrica forem estancadas.
Iniciado em 2012, o projecto inclui moradias isoladas e edifícios com apartamentos T2 e T3. Segundo os dados disponíveis no ano passado, no global, cada apartamento T3 custa 9,9 milhões de kwanzas e cada vivenda tipo T3 custa 13,2 milhões. O governo da Huíla estuda a possibilidade de alargar o prazo de pagamento de 20 para 30 anos.
A centralidade da Quilemba, erguida a nordeste do Lubango, com uma capacidade para albergar cerca de 48 mil habitantes, foi idealizada para comportar 11 mil habitações, tendo sido mais tarde revisto para apenas oito mil. O projecto contempla infra-estruturas internas como redes viária e eléctrica e de iluminação pública, água, esgotos, drenagem de águas pluviais, com jardins-de-infância, escolas primárias e secundárias e áreas de lazer.
Previsão de novos investimentos
O Presidente manifestou também a intenção de investir mais no interior, visando o descongestionamento de Luanda, cujas infra-estruturas, considerou, “estão subcarregadas”, face à “sobrepovoação”. No entanto, lamentou a falta de um matadouro na província, tendo em conta o número de animais na Huíla e convidou os empresários a juntarem-se ao Executivo.
João Lourenço prometeu ainda a construção, para breve, de uma linha de transmissão de energia proveniente da central hidro-eléctrica de Laúca, que poderá sair do Gove, no Huambo, para Matala, na Huíla.