Antigo advogado de Trump confessa ter pago para influenciar eleição de 2016

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Michael Cohen pode ser condenado a ate cinco anos e três meses de cadeia

O antigo advogado pessoal do Presidente Donald Trump, Michael Cohen, confessou-se culpado nesta terça-feira, 21, de violação de financiamento de campanha e reconheceu ter feito pagamentos para influenciar a eleição de 2016 cumprindo ordens de um “candidato a cargo federal”.

A confissão de culpabilidade de Cohen aconteceu na mesma hora em que um júri federal em Alexandria, na Virgínia, condenou Paul Manafort, ex-director de campanha de Trump, por oito acusações de fraude fiscal e bancária e por não divulgar contas bancárias no exterior.

Em Manhattan, Cohen, o advogado, declarou-se culpado de uma acusação de realizar intencionalmente uma contribuição corporativa de campanha ilegal e outra de fazer uma contribuição de campanha excessiva.

Cohen, um dos mais próximos de Trump há mais de uma década, disse ter esquematizado pagamentos “com o propósito principal de influenciar a eleição” a mando de um candidato a cargo federal, cujo nome não revelou.

A actriz de filmes pornográficos Stormy Daniels disse ter recebido 130 mil dólares de Cohen pouco antes da eleição de Novembro de 2016 para ficar em silêncio sobre um encontro sexual com Trump em 2006.

Além disso, Cohen gravou uma conversa com Trump dois meses antes da eleição na qual discutiam a compra dos direitos de uma história da ex-modelo da Playboy Karen McDougal, que alega ter tido um caso com Trump.

À luz da lei eleitoral norte-americana, contribuições de campanha, definidas como coisas de valor dadas a uma campanha para influenciar uma eleição, devem ser divulgadas.

Um pagamento com objectivo de silenciar acusações de um caso pouco antes de uma eleição podem constituir uma contribuição de campanha, disseram alguns especialistas.

Cohen declarou-se também culpado de cinco acusações de fraude fiscal e outra por ter feito afirmações falsas para uma instituição financeira.

O acordo inclui uma possível sentença de até cinco anos e três meses de prisão, disse o juiz William Pauley II durante a audiência de hoje.

Pauley marcou a sentença para o dia 12 de Dezembro e estabeleceu uma fiança de 500 mil dólares.

A condenação de Manafort resultou da investigação do procurador especial Robert Mueller que investiga o envolvimento da Rússia na eleição de 2016.

O Presidente americano tem repetidamente negado qualquer conluio com a Rússia ou ter feito sexo com Daniels ou McDougal, e chamou a investigação de Mueller de “caça às bruxas”.

A Rússia também negou o envolvimento na eleição americana.

As agências da inteligência americana concluíram que Moscovo interferiu na eleição.

O jornal Político escreveu que Michal Cohen aceitou o acordo para salvar milhões de dólares, proteger a sua família e limitar sua exposição.

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