Familias abandonadas no Zango apontam corrupção como causa

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Deslocados e sinistrados encontram-se em campos nos arredores de Luanda

Milhares de angolanos encontram-se instalados em situação de riscos em Luanda, depois de terem sido retirados das suas áreas de residência a favor de empresas ou porque se encontravam em zonas considerads de risco.

São cerca de 126 famílias colocadas numa via pública, no Zango 3, desde 2012, enquanto outros estão instaladas atrás do cemitério municipal de Viana, e na Zona do Calumbo, todos nos arredores de Luanda.

Evaristo António, conhecido por “Cassumuna”, que vivia no antigo Gika, distrito da Maianga, disse que as famílias têm sofrido muito.

“Nós passamos mal, debaixo das águas da chuva, sol, poeira e muitos têm sido atropelados”, lamentou António.

Outra moradora, Catarina Francisco, mãe de 8 filhos, que com eles partilha uma casa de chapa, perdeu a oportunidade de ter uma casa por não estar presente no dia do cadastro.

“O problema é a corrupção das entidades que estão à frente e que nunca deixa as autoridades visitarem esta zona para não conhecerem o nosso”, denunciou.

Alberto Chaves, morador da zona, preocupado com a situação chama a atenção as autoridades pelo perigo por que passam os cidadãos.

“O Governo só vai pôr o pé aqui quando um carrinha perder os travões e destruir estas `bate-chapas”, alertou.

A VOA tentou contatar o governador da província de Luanda e o administrador Municipal de Viana, mas não obteve qualquer resposta.

No Zango existem cerca de seis campos de sinistrados em estado de abandono.

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