Chuvas inundam casas

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Homens com moto-bombas e mangueiras ligadas para sucção de água nas casas, nos quintais e nas ruas. Era este o cenário que se assistia no dia 4 de Fevereiro, nos bairros do município de Cacuaco. Tudo por conta de uma forte e prolongada enxurrada que se abateu sobre a cidade de Luanda durante a noite de segunda-feira, tendo-se prolongado até à madrugada de terça-feira. Na manhã de ontem, o cenário repetiu-se por toda a cidade de Luanda.

A chuva provocou a destruição de coberturas de três casas, a inundação de vários quintais e causou prejuízos materiais, só no bairro dos Pescadores.

Joana Francisco, moradora do referido bairro, contou ao Jornal de Angola que além da sua casa ter ficado sem o tecto perdeu alguns utensílios domésticos. “A minha casa ficou sem o tecto e perdi alguns utensílios domésticos”, lamentou.

A situação neste bairro não esteve tão caótica, se comparada à época passada, fruto do trabalho de limpeza das valas de drenagem levado a cabo pelo Governo Provincial de Luanda, em coordenação com a Administração Municipal de Cacuaco.

No Distrito Urbano do Kicolo, algumas ruas do bairro da Boa Esperança, com realce para a da Nhimifil, dos Skoman, dos Complicados, bem como a zona da escola 4015 estiveram intransitáveis, com muitas casas inundadas. Isso obrigou a que o administrador do Distrito, João Nhanga Pedro, e o director municipal do Saneamento Básico, Bento Rafael, fossem ao terreno, com o propósito de procurar solucionar o problema.
Durante a chuva de terça-feira, a correnteza era tanta que na EN-100, no troço junto aos supermercados Shoprite e Maxi e zona da Vidrul, o asfalto esteve completamente submerso, criando dificuldades no tráfego de viaturas e na mobilidade de peões.

Já na zona que liga a Igreja de Santo António, em Kifangondo, à empresa EPAL, o trânsito fazia-se apenas num sentido (à esquerda), porque o lado oposto ficou impedido devido ao excesso de lodo que foi dar à estrada.

A viatura usada para a reportagem ficou impossibilitada de entrar no bairro Mayombe, devido ao desabamento de terra argilosa na via. Mas relatos de alguns moradores daquela circunscrição dão conta que os fortes ventos derrubaram casas de chapas de zinco e galhos de árvore. Morais Kissonde, residente no Mayombe, considerou a situação difícil. Sempre que chove, disse, a situação fica complicada, por causa dos solos argilosos, que impossibilitam a circulação de pessoas e de viaturas.

A empresa de limpeza e saneamento básico encarregue de tratar dessa tarefa no município começou, nas primeiras horas de terça-feira, a recolher os resíduos sólidos e a limpar o lixo causado pela chuva, realizando em simultâneo a sucção de águas no interior de algumas moradias e em estabelecimentos públicos afectados, nos distritos urbanos do Kicolo e alguns bairros da vila-sede.

O município de Cacuaco tem uma população estimada em 883 mil habitantes e é circundado pelos municípios do Dande, Icolo e Bengo, Viana, Cazenga e Luanda.

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