UMA RAZÃO COM NEXO E UMA AUTONOMIA FIXA

Está grudado ao universo, ali onde reparte a sua alma em pequenos cubos, pintando a atmosfera com seu cheiro cintilante de mistura de vinho com rosas de porcelanas douradas. É nesta combustão de factos em que vive, subtraindo, somando e multiplicando congruentemente as suas histórias.

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O ser humano deve ser aquele que não se prende aos ideais de ninguém, a não ser navegar em ondas bravas primeiramente em prol de si, prosseguir no imerso de aprendizados, apesar de algumas vezes apoiar-se ao grito e inspirações de antílopes para se sentir móvel face a sua originalidade e os seus ideais. Deve ir a busca de todos os seus benesses com toda velocidade possível que a vida lhe impõe para atravessar longínquos desertos.

Para que cresça saudável e explore a natureza ao máximo precisa de todos elementos utilitários que lhe possibilitam cuidar de si como a sua sombra que o acompanha progressivamente. No entanto, o oxigénio é a primeira variante das demais condições que demanda para respirar, o consumo a terra arável, a fauna colorida, o pomar onde há paixão de controle aos frutos, a harmonia da vida, tudo num olhar toante de reflexos.

O olhar toante de reflexos, é relativamente a uma visão mais ampla, onde o gesto de cada força, o gesto de cada circunscrição de actuação revela-se ao seu domínio (homem) face ao pleonasmo, da evolução do rito com que se envolve, da espécie animal  em que foi gerado, de uma série de nuvens que toca despercebida e percebida mente, dos impulsos relativamente as coisas que almeja ser e  almeja fazer, que nunca foi dependente da sorte que todo mundo diz conhecer e ter cruzado com ela para ter sossego, para servir-se de prosperidade  para além de um sobrenatural em vista, esse enlace de harmonia com que a humanidade inspira-se é uma ilusão de sorrisos e de artimanhas.

Contudo, está grudado ao universo, ali onde reparte a sua alma em pequenos cubos, pintando a atmosfera com seu cheiro cintilante de mistura de vinho com rosas de porcelanas douradas. É nesta combustão de factos em que vive, subtraindo, somando e multiplicando congruentemente as suas histórias.

E nessa história de vida que sempre o envolve aos factos é um ser autónomo, tem a capacidade de digerir informações em todos ângulos. Portanto, não aprende em escola alguma para se tornar um bicho dessa índole, pois a sociedade que o envolve facilita a sua transformação com a sua ideologia e convicções, pensa de maneira que lhe convém. Talvez o que lhe difere de outrem é a consciência que lhe pode atiçar levantando a sua bandeira ou lhe atraiçoar a afiar a espada para destruir seus objectivos. Só é infeliz caso não projecte seu futuro.

Quanto ao futuro, as vezes incerto, mas insistentemente pode rodopiar na mesma circunferência mudando apenas as peças de teatro para marchar seguro, dançando na alvorada para alcançar o desejado, procurando olhar para o caminho em que tivera sido negado o banquete anterior devido a uma razão com nexo que envolve a vida. Um ser eminente, criado para navegar mesmo com sobressalto, rompe com a consciência a fúria de conflitos internos e externos como vendaval no fundo de um túnel, apaga o filme por meio de um quadro abstracto, desenha uma ruela de emoções envolvendo-se cada vez mais como um mercenário em busca de luz numa cidade negra.

É assim desde o primeiro céu fecundo (nascimento do ser humano), que não perde por intriga de ventos distintos a sua performance quando traça seu destino, parte dali as suas inspirações face as aventuras, a vontade de viver, a ousadia de buscar a arte da sobrevivência, monitorar sua alegria. É nesta encruzilhada que de forma colectiva ou singular encontra-se dentro do globo,  defronte o caminho  face em face com a luz, ao pé de alguém ou distante  dos outros ou  atrás,  e outros ao meio das suas realizações parecendo um cientista que já havia traçado as suas metas, quando alguns ainda só andam mas não sabem onde estão, onde se encontram e para onde irão, mas continuam a andar de uma esquina a outra com os olhos medonhos e coração empobrecido. Será que há motivos para isso?

São tantas questões que cada um de nós vai formulando a si mesmo ou as outras pessoas, talvez porque algumas vezes se sentem melhor confiante ou desconfiado pelas situações que vão surgindo, nem sempre porque são factos de outro mundo mas porque o espaço pode presumir-se num canteiro sinistro que não funciona ou atrai a sua visão uma gota de aspiração do oceano. Outros momentos há que num estalar de dedos o ser humano adapta-se até mesmo a uma paixão insana, envolvendo-se a uma realidade diferente da que a mente se convenceu a aceitar, tudo porque a vida encarrega-se de nos ensinar e instruir a romper barreiras, tudo porque os sonhos não são teses ilusórias, são parte de todos os nossos esforços e sinais vitais emitidos ou provenientes pela psicomotricidade que vai engendrar ao homem uma razão com nexo.

A razão com nexo não recai ao subúrbio da confusão quando os problemas apertam e testam a humanidade, mas estimula a qualquer um a ver uma porta invisível, a solução para cada nuvem carregada de contrariedade, é o bálsamo de um tornozelo dorido após uma profunda viajem e enfado, está acima de toda ou qualquer realização pessoal, é uma razão com nexo e autonomia fixa para alguém que aposta em si mesmo andar de cabeça erguida, ver para além do impossível a sua produtividade em todos os âmbitos.  

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