Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE): a taxa de desemprego em Angola subiu 9,1% nos primeiros três meses de 2024, fixando-se em 32,4%.
Os mais novos são os mais atingidos pela falta de emprego, com 3,7 milhões desempregados. A maioria das pessoas empregadas (79,8%) estão no sector informal.
Segundo os números do INE, a taxa de desemprego na população com 15 a 24 anos subiu 9,1% nos primeiros três meses de 2024 face ao trimestre anterior (58,3%), enquanto a taxa de desemprego na população com mais de 15 anos teve um aumento de 31,9% para 32,4%.
No primeiro trimestre deste ano, mais 181.368 angolanos com 15 ou mais anos (população em idade activa) ficaram desempregados num total de 5.646.659 pessoas (uma variação trimestral de 3,3%).
Entre as pessoas dos 15 aos 24 anos, a população desempregada aumentou para 3.737.150 pessoas, havendo mais 286.183 jovens no desemprego.
No que respeita à população em idade activa (17.414.877), 11.768.218 pessoas trabalharam, com uma taxa de emprego estimada em 60,2%, sendo ligeiramente superior nas áreas rurais e entre a população masculina (61,6% face a 59% de mulheres).
Os grupos etários entre os 35 e os 44 anos e os 45 e os 54 anos reúnem o maior número de pessoas empregadas, de acordo com o Inquérito ao Emprego em Angola (IEA).
Quase metade das pessoas (47,5%) trabalham na agricultura, caça e pescas, seguindo-se o comércio com 22,6%.
O IEA é um inquérito por amostragem, dirigido aos agregados familiares residentes em Angola. Por trimestre são seleccionados 10.944 agregados familiares, sendo 6.036 na área urbana e 4.908 na área rural.