Preços no mercado informal aumentam 33% desde Dezembro

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Os preços de alguns dos principais produtos da cesta básica aumentaram em média 33% nos mercados informais, entre a última semana de Dezembro do ano passado e a última de Outubro do ano corrente, apurou o Expansão comparando os preços de 18 bens alimentares considerados fundamentais na dieta dos angolanos.

Os dados foram apurados numa ronda feita na cidade de Luanda, comparando os preços recolhidos nos mercados informais (Catinton e Asa branca). O valor do cabaz aumentou 35.100 Kz, ao sair de 107.100 Kz para 142.200 Kz, com destaque para a caixa de peixe carapau, que teve a maior variação, com um aumento de 16 mil Kz (59%). Dos produtos seleccionados para o levantamento, destaca-se também a caixa de coxa de frango, um dos alimentos mais consumidos pela população de média e baixa renda, que custa hoje mais 6.450 Kz (46%) do que em Dezembro do ano transacto.

Destacam-se ainda produtos, como a fuba de milho, o arroz e a farinha musseque (ver tabelas). No outro extremo, entre os preços que mais reduziram está o açúcar, que nos últimos meses de 2023 era dos que mais preocupava os consumidores, já que estava entre os mais afectados, devido às elevadas subidas que se verificavam nos preços por causa da desvalorização cambial e do aumento do preço do combustível. Destacam-se igualmente o sal grosso e o vinagre de sidra.

Fora os aumentos e reduções, o preço da batata rena e da batata doce não sofreu alterações durante o período em análise, mas foi nas quantidades comercializadas que os vendedores dos mercados informais ajustaram as contas. Numa análise a curto prazo, entre a última semana de Setembro e a última semana de Outubro, os preços no mercado informal cresceram 6%, um aumento de 7.650 Kz.

O sal, os ovos, e o feijão catarino são os bens que mais encareceram o cabaz. A caixa de óleo Fula, que em Setembro deste, enquanto a caixa de peixe carapau saiu de 40.000 Kz para 43.000 Kz. Grande parte da população no Pais adquire os bens alimentares no mercado informal. Existem mais de 120 mercados informais de bens alimentares activos em Luanda, concentrados maioritariamente nos municípios de Luanda, Belas, Cacuaco, Cazenga e Viana, de acordo com o Estudo sobre o Funcionamento do Mercado Informal, feito pelo Centro de Estudos Económicos do Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), e que foi publicado no ano passado.

Os mercados do Catinton e Asa Branca estão entre os principais da capital, sendo o Catinton um dos grandes grossistas do sector alimentar que serve também de abastecimento para outros mercados. Na maior parte dos mercados, o comércio de bens alimentares é efectuado com um cariz retalhista e micro-retalhista. Mercado formal Ainda na ronda feita pelo Expansão, nos mercados formais (Kero, Candando e Maxi), foi possível constatar um aumento de 21% nos preços de alguns produtos alimentares entre a última semana de Dezembro do ano passado e a última de Outubro deste ano.

Numa lista de 11 produtos seleccionados, o leite Nido (47%), frango congelado (22%), e a farinha de trigo (22%) estão entre os que mais subiram. Já a fuba de milho Patriota com -48% e o açúcar branco Tio Lucas com -8% destacam-se entre os que mais viram os preços reduzir nos últimos dez meses deste ano.

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