No Sequele: Cidadão de 43 anos acusado de asfixiar a mulher até à morte por causa dos bens

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Um cidadão que aparenta ter 43 anos de idade, identificado por Paulo Manuel, está a ser acusado de ter asfixiado até à morte a sua própria esposa, que em vida atendia pelo nome Angélica Manuel Miguel, de 41 anos de idade, professora de profissão, por causa dos bens, caso ocorrido na tarde de sábado, 11 no Bloco 3, edifício 19, 4° andar, no município do Sequele, província de Icolo e Bengo.

Segundo a irmã mais velha da malograda, Maria João Miguel, tudo começou na segunda-feira, 13, dia em que o suspeito tinha tudo arquitectado, e começou por retirar de casa o filho primogénito do casal, Adriano, de 13 anos de idade, alegando que se encontrava doente e era necessário levá-lo ao hospital.

“Notamos que ele tinha tudo planeado, como o menino já é grande e sabia que se cometesse o crime diante do rapaz seria descoberto, procurou tirar o miúdo de casa, mas descobrimos que o miúdo não estava doente”, começou por descrever.

“No sábado, às 9 horas, a minha irmã mais velha, Bernarda, ligou para a malograda e ela havia dito que estava tudo bem. Ainda na tarde do mesmo dia, uma outra minha irmã de nome Noémia também ligou para a falecida, mas já não atendia o telefone, deduzimos que fosse ao culto da igreja, como era hábito às tardes de sábado”, acentuou.

Foi então, segundo a entrevistada, que na mesma tarde de sábado, 11, quando a vítima se encontrava na sua residência com os dois filhos menor, Nadinho, de 10 anos e Paula, de 5 anos de idade, foi surpreendida pelo esposo.

“Nós desconfiamos que ele retirou os miúdos da sala e mandou eles para o quarto deles para dormirem e, logo a seguir, entrou em discussão com a minha irmã”, frisou.

Disse que, na sequência, agrediu-a fisicamente, tendo asfixiado até perder a vida.

“Assim que matou, de seguida, ele posicionou o corpo de forma que quem entrasse no interior da residência ao olhar por ela, ia deduzir que a minha irmã estivesse sentada a assistir televisão, por isso, depois de matar fugiu”, acusou.

“Os meus sobrinhos, após o meu cunhado cometer o crime, inocentes,  saíram do quarto e dirigiram-se até a sala, com finalidade de assistir televisão, ficaram por lá até ao calar da noite e observaram a mãe, mas pensaram que estivesse a dormir, uma vez que foi posta numa posição sentada no cadeirão. No entanto, já no dia seguinte, isto no domingo, depois deles terem  acordado encontraram a mãe na mesma posição, sentada no sofá, mesmo assim não perceberam que a mãe já estava sem vida”, continuou.

No mesmo dia, por volta das 21 horas, disse, os dois filhos menores notaram que a mãe estava na mesma posição e não se movia, e por isso tentaram acordá-la, mas não dava sinal.

Assustados com a situação, abriram a porta da sala e foram em direcção à casa de uma vizinha para pedir socorro.

“A vizinha quando chegou, percebeu logo que a minha irmã estava morta, ligaram para o número do meu cunhado a partir do telefone da minha irmã falecida, mas ele não atendia, logo a seguir, quando ligaram através de um outro número é quando atendeu”, concluiu.

Mais tarde, conta, o suspeito apareceu na residência e os vizinhos foram até à esquadra do Sequele, alertaram o SIC que se fez presente ao local.

“Depois da perícia removeram o corpo e, de imediato, detiveram o esposo como principal suspeito”, narrou.

Autópsia feita na Morgue Central de Luanda, informa que a causa da morte foi estrangulamento na região do pescoço.

No entanto, os dois filhos menores do casal contam que, no dia da morte da senhora, não viram o pai em casa, questionada sobre a probabilidade e certeza de que foi realmente o esposo quem matou a dona Angélica, Maria respondeu da seguinte forma: “Foi ele quem matou a minha irmã, há vizinhos que o viram a entrar na residência neste dia, e, segundo a polícia, o meu cunhado também está com hematomas no rosto”, afirmou.

Acrescentou que o acusado colocou as crianças para dormir e matou a sua irmã, “ele planeou isso com muito cuidado”, acusou.

Acrescentou que o acusado colocou as crianças para dormir e matou a sua irmã, “ele planeou isso com muito cuidado”, acusou.

Maria revelou ao Na Mira do Crime que o casal mantinha relação conjugal há mais de 14 anos, e, fruto disto, nasceram três filhos, Adriano, de 13 anos de idade; Nadinho, de 10 anos de idade e, por último, a menina Paula, de 5 anos de idade.

“Sempre foi um lar com muitas brigas, a minha irmã, para além de professora, também é uma mulher de negócio”, observou.

A malograda, sinalizou, em termos de bens, tem cinco residências, duas no Projecto Maye-Maye, duas na centralidade 8 mil e actual residência onde vivia com os filhos e esposo, todas estão em nome dela.

“Estes bens também foram motivos de muita discussão no lar, sendo que o esposo queria que se vendesse as residências para viajar com a família para Europa e adquirir uma viatura, mas nunca foi bem sucedido”.

Explicou que a relação sempre foi muito problemática, “nunca tiveram paz, ele é alguém que sempre gostou dos bens da mulher. Já vendeu duas viaturas da família”, atirou.

O Na Mira do Crime sabe que o caso segue a ser investigado pelas autoridades policiais.

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