Luanda vive sérios problemas de mobilidade urbana. O ministro Adão de Almeida, que tutela a pasta da Administração do Território e Reforma do Estado, reconheceu o facto há um ano (aquando da apresentação oficial do actual governador de Luanda) ao admitir também que governar Luanda é desafiante, devido à complexidade territorial, populacional e à mobilidade urbana. Diz o velho adágio popular que “os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca”.
Há, sensivelmente, 10 anos registou-se a tentativa de geminação entre Luanda e a cidade francesa de Bordéus. Há cerca de três anos, houve igualmente uma tentativa de geminação entre Luanda e a cidade portuguesa do Porto. No primeiro caso, houve passos mais ousados com a vinda a Luanda de especialistas franceses, mas já no segundo ter-se-á ficado pela intenção.
O objectivo do acordo era de melhorar o estilo de vida dos habitantes da capital do País, particularmente no domínio dos transportes interurbano e da gestão urbana.
Havia tal interesse, porque Bordéus é uma cidade no mundo com 19 geminações espalhadas pelo mundo. Existem muitas cidades de referência mundial que há décadas fizeram geminação com Bordéus para melhorar a mobilidade urbana e outros aspectos próprias dos centros metropolitanos.
Com Bordéus fizeram geminação as cidades francófonas de Bamako (Mali), Casablanca (Marrocos), Oran (Algéria), Ouagadougou (Burkina Faso) Quebec (Canadá). Lembramos que há 10 anos, acreditava-se numa Luanda muito melhorada neste aspecto, pelo facto de Bordéus também manter acordos de geminação com cidades europeias.
Bilbao e Madrid (Espanha), Bristol (Grã-Bretanha), Cracovia (Polónia), Munique (Alemanha), Porto (Portugal) e Riga (Letónia), estão entre as cidades que fizeram geminação com Bordéus. Incluem-se também as cidades do mediterrâneo, no caso de Ashdod (Israel) e Ramallah (Palestina).
