INAC desmente a morte de crianças por feitiçaria

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O Instituto Nacional da Criança (INAC) garantiu, em comunicado, que nenhuma criança foi morta e lançada ao rio por acusação de práticas de feitiçaria nos últimos três anos, em Angola.

Reagindo à notícia veiculada pelo Jornal de Angola, na sexta-feira, sobre a morte de mais de 100 crianças vítimas deste crime e que teve como fonte o Centro de Estudos e Investigação em População da Universidade Agostinho Neto (CEIPUAN), o INAC diz ter recebido a notícia com muita apreensão.

O estudo indica que as ocorrências foram registadas nas províncias de Cabinda, Zaire, Malanje e Bengo. Confrontado com a notícia, o INAC informou que contactou imediatamente os gabinetes provinciais da Acção Social, Família, Igualdade e Equidade de Género para apurar o registo de caso nas provinciais citadas, que “não confirmaram a informação e manifestaram-se surpresos com os factos divulgados”.

O documento refere que dos dados recolhidos pelo INAC, nos últimos três anos, nenhuma criança foi morta por prática de feitiçaria. “Reiteramos o nosso compromisso em trabalhar com o CEIPUAN para averiguar os referidos dados, revisitar as fontes consultadas e se for o caso, impugnar responsabilidades pelo assassinato das crianças, uma vez que tal atitude viola gravemente os direitos das crianças”, lê-se no documento.

O INAC manifesta-se aberto a trabalhar com todos os parceiros que desenvolvam acções no domínio da protecção e promoção do bem-estar da criança, “para que as futuras informações divulgadas sejam consensuais e inclusivas, para se evitarem especulações ou até desinformar a população que tem o direito a informação objectiva, clara e isenta”.

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