Herói do Mali que salvou criança vai receber nacionalidade francesa

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Mamoudou Gassama foi recebido pelo presidente francês, Emmanuel Macron, depois de ter salvado uma criança de quatro anos.

Ovídeo de Mamoudou Gassama, maliano a viver em França mas sem o direito à nacionalidade francesa, a subir quatro andares em poucos segundos para salvar uma criança de quatro anos que estava pendurada na janela tornou-se viral nas redes sociais.

Apelidado de herói, Gassama foi recebido, esta segunda-feira, pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

De acordo com a Sky News e a BBC, Macron decidiu agradecer o gesto altruísta de Mamoudou Gassama e vai conceder-lhe a nacionalidade francesa.

Além disso, anunciou Macron, o maliano de 22 anos, que recebeu uma medalha pela sua coragem, vai passar a trabalhar com os bombeiros franceses.

No momento em que Gassama salvou a criança, os pais do menino de quatro anos não estavam em casa.

Quando os bombeiros chegaram ao local, assistiram de imediato a criança e o herói. Ambos escaparam sem quaisquer ferimentos, apesar de a criança ter ficado bastante assustada com toda a situação.

Mamoudou Gassama diz ter documentos que lhe permitem ficar legalmente em Itália, onde chegou em 2014 após atravessar o Mediterrâneo desde a Líbia, onde ficou cerca de um ano, mas quer juntar-se ao seu irmão, que vive há décadas em França.

Descoberto pelos media 24 horas depois do seu gesto, Mamoudou Gassama, de 22 anos, contou o episódio: “Vi muita gente prestes a chorar e ouvi as sirenes das viaturas. (…) Tive medo quando salvei a criança, mais tarde comecei a tremer, não conseguia suster-me nos meus pés e tive que me sentar”.

“Obrigado Deus, eu salvei-a”, exclamou o maliano.

Para além das reações nas redes sociais, as declarações e os elogios políticos não tardaram a chegar, no próprio dia, nomeadamente pela presidente do município de Paris e pelo presidente do partido Les Republicains da região Ile-de-France.

“Mamoudou Gassama lembra-nos que as pessoas em situação irregular são seres humanos, com (…) imensa coragem, da qual fazem prova durante a perigosa viajem com destino à Europa”, sublinhou a organização SOS Racismo francesa.

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