Economia cresceu 4,4% em 2024 com crescente contributo de não petrolíferos

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O ministro de Estado para a Coordenação Económica angolano destacou hoje o crescimento de 4,4% da economia de Angola, em 2024, com contributos crescentes de setores não petrolíferos, admitindo que há ainda desafios “exigentes” na diversificação da economia.

Segundo o ministro, os estímulos à economia angolana e às reformas estruturais em curso “começam a produzir resultado animadores”, frisando que é notável o crescimento e a influência nos últimos anos dos setores não petrolíferos no Produto Interno Bruto (PIB).

“A agricultura, por exemplo, representa hoje cerca de 19% do PIB, quando, em 2017, era de apenas 13% e tem crescido a taxas médias anuais de 6%. A indústria transformadora retomou, em 2024, o crescimento, com cerca de 2,84% e o seu peso na estrutura do PIB é já de 7,59%, com a componente do processamento alimentar a representar cerca de 33% da atividade deste setor transformador”, referiu.

“Permanecendo necessário o percurso de correções e reformas para a superação das vulnerabilidades e para que o crescimento económico seja consistente e os ganhos sociais abrangentes e duradouros, por isso precisamos da compreensão de todos e o contínuo engajamento dos cidadãos e das empresas”, apelou José de Lima Massano.

O ministro sublinhou que os participantes e visitantes da Filda, líderes empresariais, têm o poder não apenas para fazer crescer as suas próprias empresas e negócios, mas também para, em conjunto, moldar o futuro da economia e da comunidade.

“Nesta oportunidade, gostaria de deixar um apelo às empresas que operam em Angola: conheçam-se melhor, identifiquem as vossas necessidades de insumos e serviços e partilhem essa informação sem receios e sempre que possível estabeleçam acordos de fornecimento a prazo, para transmitir segurança aos parceiros de negócio”, disse José de Lima Massano.

O ministro exortou também as empresas a publicarem os seus relatórios e contas “para conferirem confiança aos investidores, financiadores e trabalhadores”.

“Mostrar o que se faz bem em Angola não é apenas uma questão de marketing, é um passo estratégico, para estimular o consumo interno, para atrair parcerias, fomentar o desenvolvimento e a integração económica”, sublinhou.

O executivo angolano vai continuar a adotar políticas públicas consistentes, que concorram para a estabilidade macroeconómica, que facilitem a organização e acesso aos mercados e que estimulem o financiamento e o investimento produtivo, garantiu o ministro.

Quanto ao suporte empresarial, o ministro destacou o reforço recente do capital do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), com o apoio do Banco Mundial (BM), assim como o lançamento pelo FADA do “Transforma Aqui” um produto para apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias indústrias, em zonas rurais.

O ministro de Estado para a Coordenação Económica anunciou ainda para este mês o início da eliminação de burocracia nos procedimentos de exportação, “tornando menos oneroso e mais fluído o comércio externo”, no âmbito da melhoria do ambiente de negócios.

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