Casas das centralidades rendem a privados o triplo do cobrado pelo Estado

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Na Centralidade Vida Pacífica, por um T3 o Estado cobra de renda resolúvel pouco mais de 20 mil kwanzas. Às mãos de privados, valor dispara para os 70 mil. Prática ilegal, negócio com casas do Governo é justificado com elevado custo de vida.

O negócio de subarrendamento e trespasse de moradias vem ganhando terreno nas mais de 20 centralidades do País. É por via das redes sociais e sites de imobiliárias que são feitos os anúncios e a maior parte das negociações.

Embora a prática seja ilegal, à luz do estabelecido pelo Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, o “esquema” é justificado com a alegada dificuldade para os pagamentos ao Estado e com a falta de alguns serviços sociais nas centralidades. Kilamba, Sequele e Vida Pacífica, em Luanda, são as centralidades mais procuradas por quem precisa de arrendar uma casa.

O preço dos apartamentos, conforme apurou o Novo Jornal, varia de acordo com a localização, tipologia, remodelações, mobílias e os anos de pagamento da renda resolúvel. Por exemplo, para um apartamento T3, na Centralidade Vida Pacífica, vulgo Zango 0, a renda resolúvel mensal estipulada pelo Estado é de 20.630 kwanzas.

O subarrendamento, porém, chega perto ou acima dos 70 mil Kz, ou seja, o proprietário ganha três vezes mais do que paga ao Estado. Já na Centralidade do Kilamba – a primeira construída no País -, a renda de uma casa T3 custa até 45 mil Kz, mas, ao terceirizar, o “dono” recebe até 120 mil Kz/mês.

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