As redes sociais têm estado a evoluir bastante no seu funcionamento. Os seus proprietários pretendem com estas inovações proporcionar melhores experiências aos seus usuários desde (1) a usabilidade; (2) a interação entre os utilizadores; (3) os recursos de criação, edição e efeitos sobre conteúdos; (4) a segurança, (5) dentre outras.
A segurança tem sido um grande problema no que concerne, essencialmente, os dados pessoais dos utilizadores e na censura à utilização/partilha de conteúdos inadequados.
A empresa americana Epsilon Technologies na sua pesquisa a mais de 1500 marcas de grande consumo e retalho e dados recolhidos através do Facebook, Twitter, YouTube, Instagram e LinkedIn aponta para 10 tendências a ter em atenção no mundo das redes sociais em 2019. As conclusões do estudo envolvem chatbots e microinfluenciadores mas também conceitos como eGames e eSports:
O Instagram vai consolidar a sua liderança, colocando cada vez mais o Facebook em segundo plano. A ferramenta Instagram Stories será particularmente importante em 2019;
O Facebook mantém o posto de rede com mais utilizadores, ainda que perca relevância. Somente os artigos informativos com valor para os utilizadores e os conteúdos criativos terão espaço para crescer e captar interesse;
O YouTube, por seu turno, continuará a ser a principal plataforma digital quando o assunto é vídeo. Prevê-se que ganhe importância enquanto meio de influência relativamente a processos de compra, através de vídeos de reviews, críticas e comentários a produtos e serviços;
Passando para o Twitter, a Epsilon percebeu que poderá ser uma boa ferramenta de atendimento ao cliente e que crescerá em áreas como eSports e eGames. Também se assumirá como um segundo ecrã de televisão;
Outra das tendências para este ano envolve o recurso a sorteios de produtos e conteúdos de valor acrescentado, como receitas, tutoriais e sugestões, para criar uma ligação mais próxima com os consumidores;
Tendo como ponto de partida as Instagram Stories, o marketing em tempo real ganha espaço, uma vez que permite captar a atenção dos consumidores de forma mais eficaz;
Influenciadores, microinfluenciadores e embaixadores de marca serão os aliados perfeitos para gerar “word of mouth”, ou seja, passa a palavra entre consumidores. A Epsilon acredita que 2019 será o ano dos microinfluenciadores, já que quanto mais definido for o target, maior é a eficácia;
Os chatbots, por seu turno, serão uma peça vital no campo da automatização de processos, resultando em maiores níveis de eficácia: 40% das empresas com mais de 500 funcionários já implementaram ou vão implementar este ano um chatbot;
Os eGames e os eSports devem ser encarados como novos protagonistas nas rede sociais em 2019 e valorizados adequadamente;
Por fim, a Epsilon indica que as estratégia de cobranding, as datas comemorativas (feriados e efemérides, por exemplo) e a responsabilidade social corporativa serão cruciais para aumentar o impacto das marcas e captar potenciais utilizadores e/ou clientes.
A 10ª tendência já tem sido muito aplicada cá em Angola por algumas empresas. Estas já se deram conta que estes conteúdos de facto impactuam sobre os seguidores, potenciais clientes e/ou clientes. E está estratégia é recomendada principalmente para aquelas empresas que pela especificidade da sua actividade têm dificuldades em produzir conteúdos.
A 8ª tendência também já se tem visto e é ideal para aquelas empresas que têm uma interação muito activa com interessados ou clientes, reduzindo assim o tempo de espera nas respostas. Por exemplo para aquelas perguntas mais frequentes ao invés do solicitante esperar 24h pelas respostas, com a automação o acesso às respostas poderá ser no mesmo instante.
Particularmente acho a 5ª tendência estrategicamente interessante visto que bem aplicada converte bastante. Hoje os potenciais clientes e/ou clientes sentem-se como parte integrante das empresas, querem ser “tidos” e “achados” na vida diária das companhias. E aqui dou um exemplo real de uma empresa de restauração que era muito frequentada pelo seu bom atendimento, gastronomia, música ao vivo e fundamentalmente pelo ambiente ou cenário rústico/informal/descontraído bastante apreciado pelos clientes, que na sua boa intenção de alargar o leque de serviços e oferecer melhor comodidade e outras diferentes experiências aos seus clientes mudou para instalações mais “xpto” e tal, mas o facto é que a afluência dos clientes reduziu consideravelmente.
Qual a experiência que sai daqui? As pessoas identificavam-se com o primeiro cenário por se sentirem mais a vontade e desinibidas ao contrário do segundo. Deste modo, caso tenha um negócio parecido e queira implementar qualquer melhoria que tenha impacto sobre o seu cliente não hesite, peça sugestões a ele.