Sector da construção registou evolução positiva em 2018, com subida de cerca de 60% no número de projectos e de 53% no valor dos mesmos.
De acordo com o estudo “Africa Construction Trends 2018” da Deloitte, o sector da construção na região de África Austral, que inclui Angola, cresceu face ao ano anterior, registando um aumento de 11% no número de projectos (de 93 para 103) e de 40% no valor dos mesmos (de 89,7 para 125,4 mil milhões USD). A África do Sul foi o país que registou o maior número de projectos nesta região (36%), seguido de Angola (15%) e Moçambique (14%).
Ainda nesta região, foi o sector dos transportes que liderou em número de projectos (32%), seguido pelo sector imobiliário (25%), apesar de ser o sector da energia a liderar no que toca ao valor (42,4 mil milhões USD).
Os Governos continuaram a ser responsáveis pela promoção da maioria dos projectos (70%) e pelo seu financiamento (30%). A China surgiu como um dos grandes financiadores, ocupando a segunda posição (21%), seguida das empresas nacionais privadas (18%). No entanto, no que se refere ao maior número de projectos, foram as empresas nacionais privadas (41%) que lideraram, ultrapassando a China.
“Angola continua a ser o principal país da região sul do continente africano, no que toca à construção, detendo cinco dos 10 principais projectos em desenvolvimento. Quando olhamos para a região como um todo, Angola representa cerca de 1/3 do valor dos projectos. Importa realçar que os dois principais projectos referidos no estudo são do sector de perolífero – Kaombo, Bloco 32 e Refinaria do Namibe – e que cerca de 5% dos projectos nesta região são realizados por empresas portuguesas” refere Joaquim Oliveira, sócio da Deloitte.
Fonte: Jornal Mercado