Agente da SIC acusado de execução sumária esta em prisão domiciliária

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Outros seis envolvidos no incidente foram colocados em liberdade

O agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola que matou um suposto criminoso já imobilizado no passado dia 1 de Junho, em Luanda, vai aguardar o julgamento em prisão preventiva, enquanto os demais seis foram libertados.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República revelou que os interrogatórios levaram à “aplicação da medida de coação de prisão preventiva ao agente autor dos disparos, sendo que os outros seis agentes do SIC foram postos em liberdade”.

“Pela natureza do acto, no exercício das suas competências legais, o Ministério Público instaurou o devido procedimento criminal para o apuramento dos factos, tendo sido constituídos arguidos sete agentes do SIC”, lê-se no comunicado em referência à acção tomada por aquele órgão após a divulgação nas redes sociais do que foi considerado uma execução sumária.

No vídeo, gravado por uma mulher que disse ter testemunhado o incidente a 1 de Junho, um agente do Serviço de Investigação Criminal de Angola (SIC) aponta uma arma de assalto contra um homem deitado na estrada, incapaz de se levantar.

Minutos depois outro agente com uma arma chega ao local e dispara vários tiros contra o homem deitado no chão.

Ainda de acordo com a nota da PGR, “o processo corre os seus trâmites legais e depois de concluído o Ministério Público prestará os esclarecimentos que se impuserem”.

Após a divulgação do vídeo e das reacções que provocou nas redes sociais, tanto o Ministério do Interior como a UNITA e a CASA-CE condenaram o acto.

Na quarta-feira, 6, a Human Rights Watch emitiu uma nota na quarta-feira, 6, na qual diz que as autoridades angolanas “devem investigar com urgência a aparente execução sumária de um suposto criminal por policias em Luanda”.

Num comunicado, o director da HRW para África Austral, Dewa Mavhinga, lembra que “o assassinato é um das dezenas de casos reportados de assassinatos de jovens suspeitos de crimes por supostos policiais em Angola”.

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