Criada comissão de inquérito para avaliar denuncias contra Helio Aragão

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Tendo em conta a denúncia feita nas redes sociais sobre presumíveis comportamentos que põem em causa a imagem do Administrador do Distrito Urbano do Kilamba, Hélio de Aragão dos Santos, a Administração Municipal de Belas comunica que, por meio do Despacho N.o 4/GAB.ADM.B/2023, de 31 de Maio, foi criada uma comissão de inquérito para apurar os factos e posteriormente apresentar o respectivo relatório.

Tratando-se de uma alegada situação que fere o bom nome das instituições do Estado e a dignidade humana, uma vez averiguados os factos, será dado o devido tratamento nos termos da lei.

Recorde-se, que esta semana foi posta a circular nas redes sociais uma denúncia pública, que relata supostos actos de assédio sexual praticados pelo actual administrador do Distrito Urbano do Kilamba como pode ler na integra.

DENÚNCIA PÚBLICA:

SIC; PGR; IGAE; GPL; OMA.

ASSÉDIO E TENTATIVA DE ESTUPRO NA ADMINISTRAÇÃO DO DISTRITO URBANO DO KILAMBA. TERMINA COM HUMILHAÇÃO, DETENÇÃO E EXPULSÃO DA VÍTIMA

Eva Filadélfia Xavier Ganga, era secretária do Administrador do Distrito Urbano do Kilamba. Sr. Hélio de Aragão dos Santos. Segundo ela, desde o dia que o sr. Helio pisou os pés na Administração como Administrador, passou a lhe assediar, mas sem eu lhe dar bola, mas mesmo assim ele não parou de me assediar e convidou-me a continuar a trabalhar no Kilamba como secretária dele, mas a ganhar o salário que eu já ganhava como Diretora do Gabinete do Administrador. Martala Marta.

Aceitei a proposta, porque eu não queria ir trabalhar na Administração do Quenguela, por ser uma zona muito distante e envia de desenvolvimento. Assim fui nomeada no cargo de secretária, ganhando como secretária, mas o resto do dinheiro ele pagava-me em mão, conforme o combinado.

Acontece, que sempre que chegava o dia para me pagar, ele pedia-me para aguardar até o fim do dia às 19 horas, quando mas ninguém estava na Administração.

Aconteceu por duas vezes, assim que eu entrei na sala dele, encontro ele de roupas interiores e me convida a cheirar cocaína com ele, se eu não aceitasse, não me pagaria o dinheiro prometido. Cheirei só um pouco e comecei a ver vultos e ele tentou me abusar naquele momento, me defendi e sai a correr chorando para a minha sala, não lhe solicitei mas o dinheiro, mas continuei no emprego porque quase toda a minha família depende de mim.

Acontece que, no fim do mês de Abril, ele veio a mim pediu desculpa e garantio pagarme o dinheiro em dívida comigo, uma semana depois quando eu fui na sala dele lhe cobrar isto por volta das 17 horas, ele tranca a porta despe a roupa e tira 500.000Kz e diz-me todas vocês têm preço, a Janete Capaxe só lhe dei 15.000. Estou a te dar o devido valor de acordo o teu nível. Vamos transar que isso não deixa marca, me pegou no braço e introduziu a mão dele na minha vagina, e eu gritei socorro, ele me soltou, segurei o teclado do computador e lhe disse abre a porta ou eu vou te aleijar feio, foi assim que ele abriu a porta, eu saí e lhe disse que vou lhe denunciar na polícia.

Ele disse-me, você pode se queixar quem vai te acreditar, se esqueceste que o comandante Municipal é meu primo – irmao, brinca atoa quem vai ir pra cadeia é você. Disse ainda meus familiares é que estão a mandar Angola, desde a presidência, tribunais, advogacia, bancos, etc. Eu lhe disse, o que aconteceu está tudo gravado no meu telemóvel, você não é inteligente o suficiente para seres um Admirador de um Distrito como o Kilamba.

Eu nem tinha intenção de lhe denunciar, porque eu tenho noivo, e os homens quando se apercebem que a sua noiva foi vítima de assédio ou estrupo, pensam sempre que a mulher deu motivo.

Foi assim que ele apercebendo que eu já tinha conversado com meus familiares sobre o sucedido, e com medo de eu partilhar o áudio da conversa que ele teve comigo, inventou, que eu fazia gravações das reuniões da Administração com fins inconfesso, em conluio com o seu primo-irmão, convocou todos os colegas da Administração e ligou-me para eu vir levantar o dinheiro que ele estava me devendo, quando eu cheguei na Administração, na sala onde estavam os colegas e a polícia, sem sequer me dar oportunidade de me explicar, orientou a minha detenção, me retiraram o telemóvel e me disse que estou expulsa da Administração. Eu não queria trazer esta situação ao público, porque eu tenho noivo e família que depende muito de mim, sucede que ele mandou retirarem o meu nome da lista dos funcionários que serão inseridos no quadro definitivo da função pública, segundo o despacho do presidente da república. Porque eu já trabalho no Kilamba como eventual a mais de 4 anos.

Eu peço incarecidamente ao IGAE; PGR; GPL; OMA. Por favor, não deixem este caso impune. O Sr. Hélio Aragão deve ser responsabilizado civil e criminalmente por este acto. OMA é uma mulher a ser humilhada e injustiçada, me ajudem por favor.


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