Sentado, encontrei-me com os meus pensamentos desenfreados e com gotas de insanidade, enquanto questionavam-se como deveria ter sido Eva fisicamente para que Adão se submetesse a humilhação de ser expulso do paraíso por ter aceite ser influenciado por ela, recorrendo assim, à desobediência […]
Rapidamente desligo-me. Buscando algum conhecimento pelas redes sociais, eis que me dou com dois léxicos com grafias diferentes mas significados semelhantes: Morrer e Falecer. O primeiro, segundo um linguista, acarreta-nos à uma morte violenta, quando o segundo acontece de forma natural. Sem mais demoras, já escolhi: Quero Falecer.
Mas parece que morrer ou falecer cá na banda é negócio. Morre-se muito. Com a idade que tenho, confesso ter tido o conhecimento de mais funerais de entes próximos e entes próximos dos próximos do que de festas e convívios. Isto não pode ser normal.
Que vamos todos morrer ou falecer, segundo o tal linguista, isto é um facto mas apressar a ida sem volta, alheia, e criar condições para mortes lentas, isto já é desumano.
Temos, em Luanda, 12 hospitais públicos, não podendo precisar o número de Centros de Saúde, e 9 cemitérios registados, sem puder também auferir em números os clandestinos. Um número quase capicuas em factos reais. Quantos hospitais fazem os seus serviços com deontologia? Será que os 12 que temos funcionam como deve ser? Se até há falta de médicos…
Quanto aos hospitais tenho as minhas dúvidas mas se nos questionarmos se os serviços nos cemitérios têm sido mais solicitados, a resposta seria obviamente que sim. “Visitar” nossos hospitais em estado de saúde duvidoso é aconselhável começar já a fazer um “bizno” com um coveiro.
E o agravante: Dos 9 cemitérios, já existentes, mais 2 serão construídos: Kilamba e Sequele, segundo foi noticiado. Atenção. Só pode ser o recado de um facto: SERÁ UM “GENOCÍDIO” À VISTA?. Cemitério lá no Kilamba? Não pensaram antes em Hospital Geral, é já cemitério? Já devo imaginar porquê: Assim vão recomeçar a cobrar o pagamento das rendas, ou aumentar o valor da água, ou da luz e isto de certeza que vai levar muita gente à cova. Com o elevado número de “desempregados finos” que por lá habitam, isto vai dar em morte.
Será que mais uma geração está prestes a entrar para a história dos que “nasceram e fizeram “quase” nada?” Ilibar uns, por meio das responsabilizações contratuais e tirar benefícios por meio de tudo isto, não é o que se pede.
Se é para morrer e ser enterrado com dignidade, então sugiro que abram já as inscrições para os jazigos e campas de família. Haverá aderência significativa.
Oremos…!
Edson Nuno a.k.a Edy Lobo