A TV Cabo Angola tem registado, nos últimos três anos, numa média quinzenal, o furto de equipamentos para distribuição ilegal de canais, com custos entre 1.500 USD e 2.000 USD, informou esta-feira a empresa, avança a Lusa.
A situação foi denunciada pelo diretor-geral da TV Cabo Angola, Francisco Ferreira, durante um seminário sobre como “Combater a Pirataria. Compreender o Contexto Global e Local”, promovido pela empresa de distribuição de canais televisivos Multichoice.
Francisco Ferreira disse que já foram apresentadas ao Serviço de Investigação Criminal (SIC) perto de 130 queixas, nos últimos três anos.
“Temos uma média, nos últimos três anos, de 15 em 15 dias roubam-nos sempre equipamento. Cada equipamento que nos roubam vale entre 1.500 dólares a 2.000 dólares”, referiu o diretor, sublinhando que os equipamentos têm de ser importados, pois não são fabricados localmente.
Francisco Ferreira realçou que numa operação realizada em Outubro do ano passado pelo SIC, de desmantelamento de casas ilegais de distribuição de canais, foram recuperados uma série de equipamentos, mas devido a algumas dificuldades ainda não foram entregues à empresa.
“Esta vertente é extremamente grave, porque são equipamentos que são furtados e não existem cá, obrigam-nos a gastar moeda estrangeira, para serem substituídos e ainda tem outro problema que é a questão de imagem, porque cada equipamento deste envolve cerca de 400 a 500 utilizadores, clientes”, referiu.
Segundo o diretor-geral da TV Cabo, quando esses equipamentos são furtados, os clientes podem ficar entre quatro e seis horas sem o serviço, “quando não é de noite”.
“Quando é às 10, 11 horas da noite, só no outro dia, de manhã, é que o serviço é reposto, ficam sem o serviço. É evidente que eles não sabem que foi furtado o equipamento, o que eles sabem é que a TV Cabo deixou de funcionar”, salientou.
O diretor-geral da TV Cabo disse que estão identificados esses elementos, mas o sentimento de impunidade é grande.
“Temos imagens, neste momento a desfaçatez deles é total, roubam de dia, de noite, em sítios onde tem câmaras, em que são filmados, não têm problema nenhum, eles tanto roubam às oito da manhã como roubam às nove da noite, a impunidade é total, eles sabem isso, não lhes acontece nada”, lamentou.
Fonte: Mercado