Algumas famílias transferidas para centralidade dizem que não podem pagar

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Várias famílias residentes no conhecido bairro Camazingo bem no centro da cidade do Lubango começaram recentemente a ser transferidas para a centralidade da Quilemba mas algumas dizem não ter posses para poder pagar pelo apartamento ou arrendamento.

A medida segundo o governo visa conferir melhores condições de habitabilidade às famílias do precário bairro e dar seguimento ao programa de infraestruturas integradas em curso na capital da província angolana da Huíla.

A obrigação de pagamento de prestações de obtenção das residências na centralidade, coloca entraves a muitas famílias que interrogadas, apelam á intervenção do governo na busca de uma solução.

“ Vivíamos numa casa sem pagar nada, mas agora vamos na centralidade pagar renda e isso nos afetou muito e estamos tristes”, disse uma das residentes.

“Há pessoas que estão alegres porque trabalham, mas no meu caso não, porque não trabalho e vivo de negócio precário”, acrescentou interrogando depois:

. “Quando chegar a altura de lá viver e não poder pagar, serão desalojadas ou não?”.

O activista Domingos Fingo, lembra que para estas questões o governo está obrigado a criar condições de realojamento das famílias, ao abrigo da resolução 37/2009 da Assembleia Nacional.

O também director executivo da Associação Construindo Comunidades, (ACC), que apoia a necessidade de requalificação da cidade, é de opinião que para o caso em análise é fundamental que o governo tenha em conta a capacidade de cada família.

“Se as famílias que vão beneficiar deste realojamento forem de uma capacidade económica não reconhecida obviamente que o governo não deve cobrar valores, mas sim atribuir de forma desinteressada, ou seja atribuir sem qualquer contrapartida de natureza monetária”, disse.

Sabe-se que as centralidades construídas pelo governo têm a gestão da Imogestin, empresa com a qual os ocupantes das residências são obrigados a firmar contrato de compra ou arrendamento.

Sobre o assunto a Voz da América tentou sem sucesso ouvir o governo da Huíla.

Fonte:VOA

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