A cidadã angolana diagnosticada com gripe A (H1N1) morreu numa das unidades sanitárias de Luanda, confirmou, nesta quinta-feira, o chefe do departamento de controlo de doenças da Direcção Nacional de Saúde Pública, Peliganga Baião.
Proveniente de São Paulo (Brasil), a vítima encontrava-se em isolamento, desde que lhe foi diagnosticada a doença. Trata-se da primeira morte por gripe A, oficialmente divulgada no país.
Em declarações à Televisão Pública de Angola (TPA), Peliganga Baião informou que os técnicos de saúde com quem a paciente contaminada manteve contacto directo estão sob vigilância médica e vão aguardar durante um período de sete dias.
Explicou que o tempo de transmissibilidade da doença é de sete dias.
Sublinhou que outras quatro pessoas, entre familiares e pessoal de saúde, apresentaram sintomatologia, mas os resultados se revelaram negativos.
Sobre a vigilância nos aeroportos, deu a conhecer a existência de um microscópio no local de passagem, com capacidade de fazer avaliação da temperatura dos pacientes.
Todavia, disse, os mesmos devem notificar previamente no local de partida, caso haja alguma ocorrência de síndrome respiratória, para serem tomadas as devidas precauções.
Em face do ocorrido, o Ministério da Saúde exortou, quarta-feira última, a população a manter-se calma e serena, pois, de acordo com a OMS, o facto de se detectar o H1N1 corresponde a um estado de alerta de nível 1, o mais baixo numa escala de 0 a 5.
Por se tratar de uma doença particularmente contagiosa, transmitida por via aérea através do contacto com objectos contaminados, o Minsa indica, como medidas de prevenção, a lavagem das mãos com água e sabão ou desinfectá-las com álcool.
Isso deve ser feito depois de qualquer contacto ou qualquer actividade, ao tossir ou espirrar cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel. Os pacientes devem, ainda, comunicar as autoridades sanitárias os casos de suspeitos de gripe A.
Advertiu que o primeiro sinal do vírus H1N1 está associado à febre alta acima de 38 graus, manifestações sistémicas denominadamente como celfagia, cefaleia, mioplagia, tosse, dor abdominal , diarreia e vomitos.
O paciente com suspeita de caso deverá ser isolado por ter uma propagação rápida.