Angolanos dominados pela ganância
Tornam-se cleptomaníacos adorados
E admirados por tristes pés descalços
Aos quais se exigia aplausos e votos
Com muito dinheiro fácil na algibeira
Restava uma parte para festa do sexo
Que era paga com notas de diamante
Adquiridas com petróleo sangrento
Vaginas usadas por pénis promíscuos
E de risco assumiam cargos de relevo
Tomaram o poder em muitos sectores
Afastando mulher fiéis e competentes
Mulheres bonitas negociavam o corpo
Em vivendas, hotéis e carros luxuosos
Com o dinheiro roubado durante anos
Em subsolo e empresa desgovernados
À solta, imenso criminosos sorridentes
Exibiam a prova do crime nas estradas
Enquanto os tribunais apenas olhavam
Ignorando a justiça em nome do povo
Viagens particulares pagas pelo Estado
Obras estatais sem concurso público
Obras sem visto do Tribunal de Contas
Obras para se enriquecer os corruptos
E privatizações prejudiciais ao estado
Corroíam este rico e belo País africano
Corrupção, vai-te embora! Detesto-te!
Corrupção, mataste os meus familiares
Mataste-os de doenças e de desgosto
Por isso, deves ser condenada e presa
Corrupção, vai-te embora! Detesto-te!
Odeio-te a ti e aos teus descendentes:
Incompetência e bajulação destrutivas
Promiscuidade e nepotismo perigosos
Confusão de bens públicos e privados
E perseguição aos homens honestos
Corrupção, basta! Vamos combater-te!